domingo, agosto 16, 2015

Panegirico | na Eleiçam | do | Summo Pontifice | Innocencio XIII



CONDE DA ERICEIRA [FRANCISCO XAVIER DE MENEZES]

s.l. [Lisboa], 1721
s.i. [Academia Real da História Portuguesa]
1.ª edição
32,6 cm x 22,9 cm
46 págs. (não num.)
capa primitiva espelhada sobre encadernação recente, são visíveis resquícios da gravação original a ouro
por aparar, folhas-de-guarda de origem
exemplar estimado; miolo limpo, papel sonante com boas margens, restauros discretos em ocasionais vestígios de xilófago
assinatura de posse antiga do Conde de Caparica
85,00 eur (IVA e portes incluídos)

Diz-nos Inocêncio Francisco da Silva (Diccionario Bibliographico Portuguez, tomo III, Imprensa Nacional, Lisboa, 1859):
«D. Francisco Xavier de Menezes, 4.º Conde da Ericeira (e não terceiro, como por um dos seus costumados descuidos escreveu José Maria da Costa e Silva no Ensaio Biog. Crit. [...]) e Senhor da casa do Louriçal, Commendador de varias Ordens, Deputado da Junta dos Tres Estados, Conselheiro de guerra, Sargento-mór de batalha, Mestre de Campo general, Academico e Director da Acad. R. da Hist. Portugueza, Socio da Sociedade Real de Londres, da Arcadia de Roma, da Acad. Portugueza e Latina, Presidente da dos Generosos, etc., etc. – N. em Lisboa a 29 de Janeiro de 1673, sendo filho de D. Luiz de Menezes [...], 3.º conde da Ericeira, e da condessa D. Joanna Josepha de Menezes [...]. Passou no estado de total cegueira os ultimos annos de sua vida, e m. a 21 de Dezembro de 1743. [...]
Entre a vastíssima oferta de obras que escreveu, conta-se o poema heróico Henriqueida, do mesmo ano que o vertente panegírico, acerca do qual Inocêncio dá a seguinte notícia (ibidem):
«[...] O poema, considerado litterariamente, é obra de merito mediocre, na opinião dos criticos, apezar da summa diligencia com que o auctor pretendeu reduzi-lo ás regras e preceitos epicos, de que era perfeito sabedor. O que lhe faltava unicamente era genio e gosto. Entretanto, ninguem negará que a linguagem é pura e correcta, como o são todas as obras do conde, que foi de certo um dos melhores escriptores do seu tempo. [...]
Poucos homens gosaram no seu tempo de maior reputação litteraria que este conde da Ericeira: o que não obstou a que o critico Luis Antonio Verney fizesse d’elle em 1746 o juizo seguinte, que talvez se não affasta muito da verdade: “Era homem erudito, mas ignorava totalmente aquillo a que chamam modo, methodo e criterio. Com tanto que falasse muito, não lhe importava se dizia bem. Para ostentar o que sabia, carregava as suas pinturas com tantos ornamentos, e doutrina, que chegavam a parecer ridiculas.” [...].»

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