quarta-feira, janeiro 30, 2019

Fui Eu Que Matei?



SOUSA COSTA
capa de Raquel Roque Gameiro

Lisboa, 1937
Livraria Editora Guimarães & C.ª
2.º milhar
192 mm x 123 mm
XII págs. + 276 págs.
exemplar envelhecido mas aceitável; miolo limpo
17,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Milagres de Portugal



SOUSA COSTA

Lisboa | Rio de Janeiro, s.d. [1925]
Portugal-Brasil, Limitada – Sociedade Editora | Companhia Editora Americana – Livraria Francisco Alves
[1.ª edição]
19 cm x 12,3 cm
272 págs.
subtítulo: D’Entre Minho e Algarves
exemplar muito estimado; miolo limpo
25,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Duas Vezes Amantes



[ALBERTO DE] SOUSA COSTA
capa de Raquel [Roque Gameiro]

Lisboa, 1936
Guimarães & C.ª – Editores
4.ª edição
19 cm x 12,5 cm
244 págs.
subtítulo: Romeu e Julieta
exemplar estimado; miolo limpo
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

Anteriormente publicada sob o título Romeu e Julieta – que Sousa Costa ainda aqui conserva em título secundário –, trata-se de uma novela tecnicamente construída sob o modelo epistolográfico.

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A Mulher da Renascença – A Mulher actual


SOUSA COSTA

Lisboa, 1911
Offic. da «Illustração Portugueza» [com selo-recarga da Bertrand na capa]
1.ª edição
15,9 cm x 11,3 cm
40 págs.
subtítulo: Conferencia proferida no Theatro da Republica, a 27 de março de 1911
acabamento com um ponto em arame (enferrujado)
exemplar estimado; miolo limpo
ostenta colado no ante-rosto o ex-libris de José Coêlho
17,00 eur (IVA e portes incluídos)


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segunda-feira, janeiro 28, 2019

Satyras


FRANCISCO DE SAA DE MIRANDA

Lisboa, 1958
O Mundo do Livro
ed. fac-similada da 1.ª edição (1626)
16,5 cm x 12,9 cm
4 págs. + [8 págs. + 240 págs.] + 2 págs.
impresso sobre papel Ingres
luxuosa encadernação editorial inteira em imitação de pergaminho gravada a ouro na pasta anterior e na lombada
aparado e carminado somente à cabeça
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
é o n.º 445 de uma tiragem global de 473 exemplares, sendo o vertente «fora do comércio» e assinado pelo editor João Rodrigues Pires, nominal ao Instituto de Alta Cultura
PEÇA DE COLECÇÃO
50,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Da Pintvra Antigva


FRANCISCO DE HOLLANDA
coment. Joaquim de Vasconcellos

Porto, 1930
«Renascença Portuguesa»
2.ª edição
18,6 cm x 12,2 cm
354 págs. + 17 folhas em extra-texto
subtítulos: Livro I – Parte Theorica | Livro II – Dialogos em Roma
ilustrado em separado
exemplar estimado; miolo limpo
assinatura de posse do professor e ensaista Américo Cortez Pinto
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Francisco de Holanda (1517-1585) terá sido o mais importante vulto português nas artes e no pensamento do Renascimento. O tratado Da Pintura Antiga dá, precisamente, a conhecer a obra de Miguel Ângelo e do movimento artístico em Roma na segunda metade do século XVI.

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Vida Ironica



FIALHO D’ALMEIDA

Lisboa, 1892
Monteiro & C.ª, editores | Antonio Maria Pereira (representante exclusivo para o Brazil)
1.ª edição
186 mm x 133 mm
456 págs.
subtítulo: Jornal d’um vagabundo
encadernação modesta de amador inteira em pele-de-diabo gravada a negro na lombada
pouco aparado, sem capas de brochura
exemplar estimado; miolo limpo, ocasionais picos de foxing
40,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Discursos Parlamentares, 1900-1910, 1911-1914 e 1914-1926



AFONSO COSTA
compil., pref. e notas de A. H. de Oliveira Marques

Lisboa, 1973, 1976 e 1977
Publicações Europa-América / Livraria Bertrand
1.ª edição (todos os vols.)
3 vols. (completo)
20,8 cm x 14,7 cm
[624 págs. + 8 págs. em extra-texto] + [680 págs. + 8 págs. em extra-texto] + [464 págs. + 8 págs. em extra-texto]
exemplares estimados; miolo limpo
75,00 eur (IVA e portes incluídos)

Do incisivo Prefácio do historiador Oliveira Marques, que agarra a verdade histórica que transpira dos documentos em estudo:
«[...] Do ponto de vista da luta de classes, o que nos parece bem mais realista encontrar nesse período – para lá de fenómenos ocasionais – é antes um conflito intenso entre média e pequena burguesia, por um lado, e grande burguesia (incluindo nesta os aristocratas e os latifundiários), pelo outro. O proletariado, porventura na sua maior parte, foi a reboque desta última. Serviu os interesses dela, mais do que os seus, nesse combate que travou contra aqueles que, no fundo, estavam bem mais próximos das suas aspirações e dos seus desejos. [...]
Os proletários que se julgavam mais cônscios da sua classe e dos seus interesses fizeram, quase sempre, o jogo da reacção, sem o saberem. Aplaudiram os movimentos reaccionários, quando não contribuíram eficazmente para a sua organização e triunfo. Atacaram sem descanso a corrente mais radical e mais progressiva do Partido Democrático – a única que lhes poderia dar apoio e que, por seu turno, precisava do seu apoio –, inutilizando todos os esforços de consolidação do regime numa via esquerdista, contribuindo para a instabilidade e, nestes termos, para o fracasso da Revolução com que sonhavam. [...]
[...] em Afonso Costa, vemos exactamente o representante mais acabado dessa corrente progressiva que marcava o rumo que a República teria de seguir para se converter em regime democrático e popular. O seu pensamento político [...] foi sempre o da unidade das forças de esquerda que pudesse consolidar o regime e vibrar um golpe mortal aos seus inimigos – não apenas os monárquicos e o clero como tais, mas também os grandes possidentes, detentores do grosso da riqueza nacional. [...]»


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Afonso Costa


A. H. DE OLIVEIRA MARQUES
capa de Manuel Dias

Lisboa, 1972
Editora Arcádia, S. A. R. L.
1.ª edição
20,5 cm x 14,4 cm
432 págs. + 16 págs. em extra-texto
exemplar como novo
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Da nota de contracapa:
«Afonso Costa [...] o seu nome simbolizou toda uma política, mesmo um regime, até. [...] arauto de uma situação e o estadista que, acaso, mais a radicou em sete anos apenas de acção intermitente, mas fecunda.»

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Estudos de Economia Nacional – I. O Problema da Emigração


AFFONSO COSTA

Lisboa, 1911
Imprensa Nacional (Edição do autor)
1.ª edição
21,5 cm x 15,3 cm
188 págs.
subtítulo: Dissertação de concurso á cadeira de Economia Politica na Escola Polytechnica de Lisboa
exemplar estimado, restauro na lombada; miolo limpo
45,00 eur (IVA e portes incluídos)

Eis um documento que dá que pensar. Um republicano de gema, que poderia hoje militar nas fileiras de qualquer partido socialista, conclui o seu estudo – acerca de um povo que, na miséria mais abjecta, se vê coagido a ir procurar o sustento em terras estrangeiras – com palavras que bem conhecemos pela boca do neo-liberalismo actual:
«[...] Combatamos esta depreciação do factor migratorio, que o é ao mesmo tempo do país por traduzir a expatriacão de familias inteiras, e logo o algarismo das remessas annuaes do Brasil, que atrás calculámos em mais de 20:000 contos, aumentará numa forte e rapida proporção. Comprehende-se com effeito que é quando a familia do emigrante fica na patria que elle envia mais regularmente as suas economias.
Assim o interesse do Estado coordena-se com o do emigrante. Se agora, soffrendo elle os horrores da miseria, apesar d’isso contribue tão poderosamente para salvar as nossas finanças, amanhã, quando a emigração for cuidadosamente regulada e o instrumento de progresso e de riqueza, que é o emigrante, fôr protegido e assistido com carinho, quanto desenvolvimento não terão as forças que agora estão apenas actuando expontanea e desordenadamente?!
Ainda uma vez, apura-se que a raça é boa. O povo é cheio de virtudes. Só a administração era pessima. Eis aqui um phenomeno, que os governos não se limitavam a desdenhar, como faziam a tantos outros: repelliam-no, suscitavam iras contra elle, dispunham tudo para que fosse prejudicial. Pois bem. Apesar d’esse desprezo e má vontade, apesar d’essa selecção ao inverso, foi esse phenomeno da emigração que nos salvou, ou antes, que deu tempo ao povo português para que, encontrando a sua formula de constituição politica definitiva, a si proprio se salvasse.
Seja, pois, a emigração a pedra de toque dos novos governos na sua obra de resurreicão da patria!»

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O Caso Hinton


AFFONSO COSTA

Porto, Abril de 1910
Editora A Empreza d’«A Patria»
1.ª edição
23 cm x 16,3 cm
32 págs.
subtítulo: As Responsabilidades dos Ministros da Monarchia
acabamento com um ponto em arame
brochura acondicionada em pasta própria de fabrico recente
exemplar envelhecido mas aceitável; miolo limpo
PEÇA DE COLECÇÃO
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Intervenção do então deputado republicano e futuro presidente da República, Afonso Costa, em sessão parlamentar, num contexto de luta política nos dias finais do regime monárquico. Uma passagem do texto, elucidativa do nível a que vinha chegando a chicana política da época:
«[...] O grave problema das sobras da aguardente – Responsabilidades gravissimas do snr. D. Luiz de Castro [...]
O despacho do snr. D. Luiz de Castro foi tão mal redigido, – já não dizemos no ponto de vista litterario, porque isso nem se discute, – mas na propria essencia do caso a resolver, que, fundado n’esse despacho, os snrs. Hinton & Lemos teem sustentado e applicado a seguinte doutrina: que só são obrigados a comprar aguardentes de qualquer anno na parte em que o respectivo numero de galões exceder a somma dos saldos dos annos anteriores... [...]
Eu estou fallando da interpretação que lhe deram os fabricantes matriculados, e a que a sua má redacção se prestava. [...]»

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Discursos [...]


AFFONSO COSTA

Lisboa, 1908
Livraria Classica Editora de A. M. Teixeira & Ct.ª
1.ª edição [em brochura autónoma]
22,4 cm x 14,9 cm
90 págs.
subtítulo: [...] proferidos nas sessões de 13 e 19 de Maio de 1908 na Camara dos Deputados – Attittude do partido republicano perante o novo reinado e Necessidade da extincção do juízo de instrucção criminal
exemplar estimado; miolo limpo, parcialmente por abrir
assinatura de posse do coronel Bento Roma na capa e no frontispício
35,00 eur (IVA e portes incluídos)

Reúne o presente volume dois discursos particularmente contundentes do republicano, e futuro líder do país, Afonso Costa, enquanto representante republicano na Câmara dos Deputados durante o regime monárquico.

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Affonseida


OCTAVIO DE MEDEIROS
capa de Emmerico [Nunes]

Lisboa, 1925
ed. Autor / Imprensa Lucas & C.ª
1.ª edição
25,5 cm x 20,1 cm
4 págs. + 132 págs.
subtítulo: Poema Heroe-Comico
exemplar com restauro nas capa e lombada; miolo limpo e fresco
peça de colecção
50,00 eur (IVA e portes incluídos)

Em seis Cantos de saborosas oitavas o Autor arruma de vez a História sua contemporânea. O motivo de anedota é o então mais alto representante do republicanismo, Afonso Costa. E o conhecido “atentado” de que este foi “vítima” em 1915 é, pois, assim descrito:

«[...] Seguia o meu Doutor tranquillamente
P’ra o palácio alugado á presidencia,
Onde iria tratar d’um caso urgente,
Qualquer questão d’uma alta transcendencia.
E, como ser modesto é mais decente,
Illudindo os pacóvios na apparencia,
Seguiu n’um carro electrico fechado
Que ao pisar deixou logo excommungado!

O carro vae ruidoso e corre a nove;
Nem sequér nas paragens tem demóra;
Guardando o seu lugar ninguem se móve,
Nenhum receio as fáces descolóra;
Mas eis que a acção diabólica promóve
Que, estalando, um manip’lo sálte fóra!
De súbito as faiscas tudo aclaram;
N’um arrastado estrondo as ródas páram!

Julgando ver seu termo alli chegado,
Que de suppostas bombas já recúa,
O destemido Affonso apavorado
Salta por la ventana e cahe na rua!
Permanéce na terra inanimado
Até que a multidão que tumultua
Lhe acóde, p’ra que alli não desfalleça,
Pois tem tremenda brécha na cabeça!

Já corre na cidade a infausta nova
Que o nosso Redemptor está moribundo...
Tem a fronte p’ra o céu e os pés p’ra a cóva;
Diz com pallidas mãos o adeus ao mundo...
Mas eis que uma esperança se renova:
– “Está salvo!” – diz o povo e, em tom jocundo
Pergunta: – “Qual é coisa, qual é ella,
Que entra p’la porta e fóge p’la janella?” – [...]»

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A Verdade Sôbre Afonso Costa


ALBERTO GUIMARÃES

Lisboa, 1935
ed. Autor
1.ª edição
19 cm x 12,7 cm
260 págs.
exemplar manuseado, com restauro na lombada, mas aceitável; miolo limpo
25,00 eur (IVA e portes incluídos)

Violento libelo contra o político republicano:
«[...] Era assim, ambicioso, ávido de dinheiro, cruel no assalto à bôlsa alheia, o homem que hoje se permite, lá de longe, atacar a obra financeira de Salazar, como se uma pessoa sem escrúpulos, que não recuou ante as mais torpes falcatruas, como adiante iremos demonstrando, tivesse autoridade moral para se arvorar em crítico de quem tem dado as mais belas provas de inteireza de carácter e honestidade de processos, tanto na sua vida pública como na particular. [...]»

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domingo, janeiro 27, 2019

Ostras Doc. Interno


PAULO DA COSTA DOMINGOS
ÓSCAR FARIA
et alii

Lisboa, 2019
ed. viúva frenesi
1.ª edição [única]
19 cm x 13 cm
40 págs.
ilustrado
impressão digital
acabamento com dois pontos em arame
exemplar novo
tiragem de apenas 100 exemplares
9,00 eur (IVA e portes incluídos)

Brochura coligindo documentos internos da editora frenesi relativos à incidência cultural da publicação sucessiva, no catálogo da mesma, dos livros Subsídio, Suicídio, Ostras Geladas (anónimo, 1998), Uma «Bardamerda» de Edição. Breve Comentário Sobre um Dejecto Aparecido nas Livrarias (Paulo da Costa Domingos, 1999), Barbearia Tiqqun (Rui Baião, 2018), Romance Ardente (Manuel Fernando Gonçalves, 2018) e Sumo de Limão – Silva de Versos (Paulo da Costa Domingos, 2018). Brochura prevista como texto de apoio à exposição evocativa dos 40 anos da frenesi na Biblioteca Nacional (cancelada).
Henrique Manuel Bento Fialho (in Antologia do Esquecimento):
«Comecemos pelas ostras, que dão sempre boa entrada. Paulo da Costa Domingos (n. 1953), escritor, editor, antiquário de livros, organizou Ostras, Doc. Interno (Janeiro de 2019, viúva frenesi) enquanto relatório para distribuição pública “por ocasião da mostra evocativa dos quarenta anos da frenesi na Biblioteca Nacional”. Carimbo no cólofon informa: cancelada. Assim mesmo, sem mais. A frenesi é uma das relevantes casas editoriais portuguesas do século XX, nascida em relação de proximidade com a & etc de Vitor Silva Tavares. O legado impressiona qualquer amante de livros, não só pela poesia portuguesa e pelas traduções. Ao cuidado gráfico aliou-se, desde a primeira hora, uma atitude desafiadora com polémica garantida e alguns momentos hilariantes. A memória de um desses momentos foi agora recuperada, não fosse o olvido fazer das suas numa época que cada vez mais se exibe sem passado nem futuro.
Convém declarar acerca [do objecto que motiva este texto ser ele] testemunho e tomada de posição. Testemunho enquanto contributo para uma história que vale a pena inscrever e tomada de posição sobre o momento actual, o qual se afigura, pela vertigem dos acontecimentos e aceleração dos fenómenos, cada vez mais indiferente a um passado do qual não pretende colher exemplos nem lições. As consequências são óbvias, com meticulosas omissões e uma capacidade selectiva anormal a fazerem a cama a um estado de coisas que já nem pode ser acusado de revisionista. Porque não revê nada, é pura rasura ao serviço da ignorância e, por consequência, de poderes hegemónicos a quem essa ignorância não só convém como serve. Se assim é a nível político e social, poderia não o ser no mundo das letras?
Precisamente contra tais poderes hegemónicos surgiu há 40 anos e foi crescendo até hoje a editora frenesi, agora viúva frenesi. Do catálogo, um dos livros que deu que falar foi o anónimo Subsídio, Suicídio, Ostras Geladas (frenesi, Março de 1998). A questão da autoria era ali omissa com o propósito específico de deixar à nora a crítica literária, objectivo alcançado como o comprovam as recensões agora elencadas por Paulo da Costa Domingos. O autor desconhecido aguçou a imaginação, chegando a haver quem fizesse apostas. Sucede que o autor eram três: “Os três-autores-três, que haviam escrito e sequenciado o livro, constavam entre os mais mal tratados, ou reduzidos pelo silêncio, de todo o catálogo da frenesi”. Lidos cegamente passaram a ter qualidades que olhos esbugalhados jamais haviam descortinado. Tem graça o divertimento, por ter conseguido “ridicularizar o cientismo crítico literário”. Sabe-se hoje, por via da publicação de três livros na viúva frenesi de 2017, que os três implicados no objecto lírico não identificado eram Rui Baião, Manuel Fernando Gonçalves e Paulo da Costa Domingos.
[...] O excelente ensaio de Óscar Faria que encerra Ostras, Doc. Interno é, aliás, um forte contributo para a contextualização do divertimento nestas matérias. Ao invés da mera provocação inconsequente e esvaziada de conteúdo, temos [nesta publicação exemplo] de um esforço ao serviço da desmitificação. [...] Nas Ostras, a desmitificação opera-se numa primeira instância ao nível da autoria e, por consequência, resulta numa desmitificação da imprensa cultural: “Ao propor um livro escrito por autor anónimo, a frenesi operou um gesto dirigido sobretudo para dentro do meio literário, mais especificamente o das recensões de livros de poesia, pois sem autor, sem uma biografia, um contexto, o que resta para dizer?” (p. 26)
O desafio é exactamente este, percorrer caminho na direcção do que resta. E o que resta para lá do Autor, essa marca que pode ser apagada pelo anonimato, pela heteronimia ou pela pessoa colectiva, é a palavra na sua máxima expressão, expurgada de rosto, palavra cortante, em estado bruto, palavra cruel, selvagem, pura palavra. Seria de supor que o debate crítico se desse apenas com esse texto, não carecendo de fotografia ilustrativa. Seria de supor do crítico uma coragem no confronto com o desconhecido que ele de todo não tem. Como em terra de cegos quem tem olho é rei, afasta-se de todo a leitura cega. Há reinados de um só olho que poucos estão dispostos a perder, sendo múltiplas e diversas as tácticas de conservação e os escudos protectores. Que façam bom proveito.»

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Barbearia Tiqqun [junto com] Romance Ardente [junto com] Sumo de Limão




RUI BAIÃO
MANUEL FERNANDO GONÇALVES
PAULO DA COSTA DOMINGOS

Lisboa, 2017
ed. viúva frenesi
1.ª edição [única, todos]
19 cm x 13 cm
36 págs. + 56 págs. + 36 págs.
impressão digital
acabamento com dois pontos em arame
exemplares novos
tiragem de apenas 150 exemplares cada
9,00 eur (cada, IVA e portes incluídos)
20,00 eur (lote dos 3, IVA e portes incluídos)

3 livros de versos, 3 autores com nome firmado, 1 manifesto literário.

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telemóvel: 919 746 089   [chamada para rede móvel nacional]


Rajada e Outras Histórias



CASTRO SOROMENHO
capa de Manuel Ribeiro de Pavia

Lisboa, s.d. [1943]
Portugália Editora
1.ª edição
19,2 cm x 12,4 cm
184 págs.
capa impressa a duas cores sobre cartolina martelada
exemplar em bom estado de conservação; miolo limpo
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR AO ESCRITOR FERREIRA DE CASTRO
85,00 eur (IVA e portes incluídos)

Diz o prosador e ensaísta Manuel Ferreira no seu Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa (Instituto de Cultura Portuguesa, vol. II, Lisboa, 1977):
«[...] Caberá a Castro Soromenho (1910-1968), moçambicano de nascimento e angolano de vivência, lançar, de vez, o arranque da autêntica ficção angolana. A uma primeira fase em que é relevado o sentido do mundo social e mítico, lendário e histórico, das sociedades tribalizadas, encaradas ainda de um certo ponto de vista estático [...], sucede a análise pertinente das relações do homem negro, mestiço, branco, com a violência, a repressão, os abusos da administração, o sofrimento do homem angolano explorado, e até o desencanto existencial de alguns homens da administração colonial. [...] A figura de Castro Soromenho vai dominar os fins da década de 30 (nessa altura já em Lisboa, como jornalista) e a década de 40, até que nas décadas de 50 e 60 outros se lhe vêm associar, mas poucos são os que atingiram o nível por ele alcançado, reconhecido internacionalmente através de traduções em várias línguas e alguns estudos que foram dedicados à sua obra e personalidade literária [...].»

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Rajada e Outras Histórias


CASTRO SOROMENHO
capa de Manuel Ribeiro de Pavia

Lisboa, s.d. [1943]
Portugália Editora
1.ª edição
19,3 cm x 12,3 cm
184 págs.
capa impressa a duas cores sobre cartolina martelada
exemplar estimado, restauro na lombada; miolo limpo
35,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Terra Morta


CASTRO SOROMENHO
sobrecapa de Sebastião Rodrigues

Lisboa, 1961
Editora Arcádia, Limitada
2.ª edição
19,1 cm x 12,4 cm
272 págs.
encadernação editorial em tela com sobrecapa
exemplar manuseado mas aceitável; miolo limpo
25,00 eur (IVA e portes incluídos)

Edição desde logo proibida (ver Livros Proibidos no Regime Fascista, Presidência do Conselho de Ministros – Comissão do Livro Negro Sobre o Regime Fascista, Lisboa, 1981).

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Terra Morta


CASTRO SOROMENHO
capa de Sebastião Rodrigues

Lisboa, s.d. [1979, segundo a BN]
Livraria Sá da Costa Editora
[4.ª edição]
20,9 cm x 13,5 cm
4 págs. + 268 págs.
exemplar como novo, sem qualquer sinal de quebra na lombada
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

Da nota do editor na contracapa:
«[...] Ele é o fiel e implacável retratista dos homens do interior de Angola, que tão bem conheceu, desses homens e mulheres, brancos e negros, enredados na teia de um colonialismo primitivo e bárbaro, habitantes perdidos numa Terra Morta, sem saída.»

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Esteiros


SOEIRO PEREIRA GOMES
tradução francesa de Violante do Canto
prefácio de André Wurmser
capa de Jacques Englebert

Lisboa, 1954
Les Editeurs Français Réunis
1.ª edição
18,5 cm x 12 cm
256 págs.
exemplar muito estimado; miolo limpo
livro proibido em Portugal durante a ditadura do Estado Novo, aliás como todas as suas obras [vd. Livros Proibidos no Estado Novo, Assembleia da República, Lisboa, 2005]
120,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Esteiros


[SOEIRO] PEREIRA GOMES
[capa de João Carlos
ilustrado por Álvaro Cunhal *]

Lisboa, 1946
Editorial Gleba, Lda.
3.ª edição
19,6 cm x 13,5 cm
300 págs.
ilustrado
exemplar manuseado, capa empoeirada; miolo limpo
rúbrica de posse no ante-rosto
20,00 eur (IVA e portes incluídos)

* Esta edição, apesar de introduzir um novo capista, recupera no miolo os desenhos de Álvaro Cunhal para a edição princeps.

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Esteiros

SOEIRO PEREIRA GOMES
capa de Dorindo Carvalho

Lisboa, 1971
Publicações Europa-América
s.i.
181 mm x 117 mm
176 págs.
é o n.º 1 da colecção Livros de Bolso
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
inclui marcador editorial e conserva o acetato de protecção da capa
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

De António Caeiro no Notícias da Amadora (11 de Fevereiro, 1967, cortado pela Censura, e somente publicado em Fevereiro de 2003):
«“Esteiros” [...] aborda o problema da adolescência proletária no Ribatejo. Este livro, que nos faz lembrar os “capitães da areia” do brasileiro Jorge Amado, não pretende provar o que quer que seja. Nem o autor faz quaisquer juízos sobre a situação (não é, contudo, uma crónica no sentido convencional do termo) [, mas] é evidente que o seu conteúdo e o tratamento permite detectar a formação ideológica do escritor e o seu comportamento cívico e vice-versa.»
Capa referida no catálogo Ilustração & Literatura Neo-Realista, Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira, 2008.

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Canções de Entre Ceu e Terra


FRANCISCO BUGALHO
capa e ilust. Átila Mendly de Vétyemy

s.l., 1940
Edições “presença”
1.ª edição
19 cm x 13 cm
96 págs.
impresso sobre papel superior avergoado
exemplar muito estimado; miolo limpo, por abrir
tiragem declarada de apenas 450 exemplares
60,00 eur (IVA e portes incluídos)


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quarta-feira, janeiro 23, 2019

O Unico Rey


ALMADA DE LACERDA

Porto, 1915
Livraria Magalhães & Moniz – Editora
1.ª edição
20,3 cm x 13,7 cm
36 págs.
subtítulo: Uma campanha realista
exemplar estimado; miolo limpo
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

Neste breve opúsculo se dá notícia da cisão monárquica entre os partidários de D. Miguel II e os de D. Manuel II... enquanto a implantação da República já levava meio decénio!

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terça-feira, janeiro 22, 2019

Amor Crioulo



ABEL BOTELHO
posf. João Grave

Porto, 1919
Livraria Chardron de Lélo & Irmão, L.da, editores
1.ª edição
18,3 cm x 12,3 cm
416 págs.
subtítulo: Vida Argentina
encadernação editorial inteira em tela encerada com gravação a ouro e relevo seco nas pastas e na lombada
folhas-de-guarda impressas
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
40,00 eur (IVA e portes incluídos)


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O Barão de Lavos



ABEL BOTELHO

Porto, s.d. [1891]
Livraria Civilização – Casa Editora de Eduardo da Costa Santos & Sobrinho
1.ª edição
17,7 cm x 13 cm
548 págs.*
subtítulo: Patologia Social I
encadernação inteira em pele com gravação a ouro na lombada
aparado, sem capas de brochura
exemplar estimado; miolo limpo*
27,00 eur (IVA e portes incluídos)


* Com falta das págs. 5 a 12.

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Fatal Dilemma


ABEL BOTELHO

Porto, 1907
Livraria Chardron de Lello & Irmão, editores
1.ª edição
18,3 cm x 12,5 cm
8 págs. + 504 págs. + 1 folha em extra-texto
título geral: Pathologia Social (IV)
ilustrado com o retrato do autor
encadernação editorial inteira em tela encerada, gravação a ouro na pasta anterior e na lombada, folhas-de-guarda em papel de fantasia
exemplar muito estimado; miolo limpo
assinatura de posse no frontispício
47,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Sem Remedio...


ABEL BOTELHO

Porto, 1900
Livraria Chardron
1.ª edição
19 cm x 12,5 cm
292 págs.
subtítulo: Ethologia d’um fraco
exemplar envelhecido mas aceitável, restauros na capa; miolo limpo
25,00 eur (IVA e portes incluídos)

Diz-nos de Abel Acácio de Almeida Botelho (1856-1917) o Dicionário Cronológico de Autores Portugueses (vol. II, Publicações Europa-América, Mem Martins, 1990):
«Oficial do Exército, deputado republicano, senador, académico e diplomata, romancista e dramaturgo, a sua obra literária situa-se na encruzilhada do naturalismo e decadentismo e pode, a esse título, considerar-se exemplar. [...]» E mais refere o dito Dicionário a sua «ousadia dos temas abordados» e a «solidez da construção» na «crítica acerba aos meios pretensiosamente artísticos da capital».

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Prospero Fortuna



ABEL BOTELHO

Porto, 1910
Livraria Chardron de Lello & Irmão, Editores
1.ª edição
18,4 cm x 13 cm
560 págs. + 1 folha em extra-texto (retrato do autor)
subtítulo: Pathologia Social V
encadernação editorial inteira em tela gravada a seco e ouro nas pastas e na lombada, folhas-de-guarda impressas com, entre outra, informação relevante acerca do escritor
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
40,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Prospero Fortuna




ABEL BOTELHO

Porto, 1910
Livraria Chardron de Lello & Irmão, Editores
1.ª edição
19,9 cm x 13,4 cm
560 págs. + 1 folha em extra-texto (retrato do autor)
subtítulo: Pathologia Social V
encadernação de amador em meia-inglesa gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
carimbos da livraria vendedora na capa e no frontispício
40,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Próspero Fortuna


ABEL BOTELHO

Porto, 1925
Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, L.da – editores
3.ª edição
18,8 cm x 12 cm
564 págs.
subtítulo: Patologia Social V
exemplar manuseado mas aceitável; miolo limpo
20,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Dicionário Ilustrado de Marinha


ANTÓNIO MARQUES ESPARTEIRO

Lisboa, s.d. [circa 1961]
Livraria Clássica Editora - A. M. Teixeira & C.ª (Filhos) Lda.
s.i.
22,1 cm x 16 cm
600 págs. + 1 folha em extra-texto
profusamente ilustrado, texto a duas colunas
encadernação editorial em tela encerada, gravação a ouro na lombada, sobrecapa a cor
exemplar estimado, restauros no verso da sobrecapa; miolo irrepreensível
assinatura de posse no frontispício
40,00 eur (IVA e portes incluídos)


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O Famoso Botão de Âncora



ANTÓNIO MARQUES ESPARTEIRO, comandante

Lisboa, 1949
Agência-Geral do Ultramar
1.ª edição
24,2 cm x 17 cm
350 págs.
subtítulo: 1600-1895
sóbria encadernação recente em sintético e papel de fantasia, gravação a ouro na lombada com vinheta alusiva
não aparado, sem capas de brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
47,00 eur (IVA e portes incluídos)

Da Introdução do autor a este seu conjunto de relatos históricos:
«[...] O século XVII encheu-se com o fragor da luta homérica de Portugal contra os agressores europeus [o aparecimento de Holandeses e Ingleses no Mar Índico].
A iniciativa havia passado para eles que, por esse facto, nos atacavam onde e quando mais lhes convinha.
Apresentavam-se com melhores navios de combate e melhor artilharia, embora nem sempre obtivessem sucesso por o Português, individualmente, se lhes avantajar como combatente. [...]»

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domingo, janeiro 20, 2019

J. P. Oliveira Martins In Memoriam: 30 Abril 1845 – 24 Agosto 1894


[JAYME DE MAGALHÃES LIMA]
pref. Guilherme d’Oliveira Martins

s.l., 1902
[ed. Guilherme d’Oliveira Martins]
1.ª edição
24 cm x 17,5 cm
20 págs. + 1 folha em extra-texto (retrato) + 1 vegetal de protecção da gravura
subtítulo: Oitavo anniversario do seu fallecimento
exemplar estimado; miolo irrepreensível
20,00 eur (IVA e portes incluídos)

Brochura de homenagem, cronologia e bibliografia do historiador referido.

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Theoria do Socialismo



J. P. OLIVEIRA MARTINS

Lisboa, 1872
[Typ. Sousa & Filho]
1.ª edição
178 mm x 123 mm
408 págs. + IV págs.
subtítulo: Evolução Politica e Economica das Sociedades na Europa
encadernação modesta em meia-inglesa com gravação a ouro na lombada
aparado, sem capas de brochura
exemplar estimado; miolo limpo
45,00 eur (IVA e portes incluídos)

Das primeiras abordagens sócio-políticas que a formação das ideias da Primeira Internacional suscitou em português. Ainda se trata de um “socialismo utópico”, mas são de notar os primórdios de uma consciência acerca da sociedade dividida por classes sociais, da servidão pelo salariato, da origem da propriedade, etc. Lê-se aqui, pois, por parte de um representante da burguesia, uma tentativa de compreensão dessa “disciplina” nascente: a «sciencia economica».

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Os Filhos de D. João I


J. P. OLIVEIRA MARTINS

Lisboa, 1891
Imprensa Nacional
1.ª edição [em livro]
244 mm x 175 mm
VIII págs. + 474 págs.
ilustrado no corpo do texto com gravuras, cabeçalhos de capítulo e capitulares elegantemente desenhados
encadernação inteira em imitação de pele gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar estimado, capas de brochura restauradas; miolo limpo
120,00 eur (IVA e portes incluídos)

Estudo inicialmente publicado na Revista de Portugal (dir. Eça de Queirós), e reunido em livro pela primeira vez em 1891, ainda hoje constitui um rico e honesto retrato da chamada ínclita geração, e portanto do espírito e das condições sócio-económicas que determinaram o período das navegações portuguesas. Em apêndice pode ler-se um acervo de documentos comprovativos ou de apoio à investigação do autor.

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