quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Caminho de Sombras


CARMINÉ NOBRE

Lisboa, 1939
[ed. Autor]
1.ª edição
24,2 cm x 18,6 cm
40 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
valorizado pela dedicatória manuscrita do Autor
27,00 eur (IVA e portes incluídos)

Carminé Nobre (1909-1949) nos poucos anos de vida que teve, antes de falecer num acidente de viação, exerceu o jornalismo no Diário de Coimbra, tendo mesmo chegado a ser aí director. Mais do que o vertente livro de versos, a sua obra de memórias – Coimbra de Capa e Batina (1945-1946) – conta-se entre as muitas que os mais destacados estudantes em Coimbra costumam legar à posteridade, dando notícia de colegas cuja importância, de algum modo, reverte em seu próprio prestígio; dando notícia, sobretudo, de uma juventude tacitamente rebelde.

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terça-feira, fevereiro 25, 2014

Enciclopédia do Lar – Leitura para todos



Lisboa, s.d. [1931-1932]
dir. liter. A. Victor Machado
Editor Henrique [Bregante] Torres
1.ª edição [única]
25 números (15 + 10) encadernados em 2 volumes (completo), ambos com os índices remissivos
[24 cm x 17 cm] + [23,2 cm x 16 cm]
472 págs. (numeração contínua) + 342 págs. (numeração contínua)
profusamente ilustrados, impressos a sépia
encadernação rudimentar em tela encerada, sem qualquer gravação ou rótulo
muito pouco aparados, conservam todas as capas e contracapas dos fascículos
exemplares em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
peça de colecção
215,00 eur (IVA e portes incluídos)

Espírito e pedagogia desempoeirados de uma burguesia moderna em ascenção, que vinha oferecendo resistência ao Portugal agrário repartido entre o clero e a nobreza. Os anos de vigência da República foram os últimos propícios a uma educação de cariz enciclopédico popular. O estilo é o da diversidade de almanaque, essa diversidade que tão bem serviu para colmatar, em conhecimentos práticos, as carências escolares.
O editor Henrique Bregante Torres, filho do conhecido João Romano Torres, cumpre o destino de uma dinastia familiar ligada aos livros, que teve início no seu avô Lucas Evangelista Torres. Das edições que promoveu, contam-se, por exemplo, Vultos Republicanos, em 1910, A Mulher em Sua Casa, 1909-1910, e, em 1921, e semanário de humor Barrabás.

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segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Embates Judiciais



GONÇALVES PEREIRA

Nova Goa, 1924
Edição do Govêrno Geral do Estado da India / Imprensa Nacional
1.ª edição (tiragem comum)
23,6 cm x 13 cm
4 págs. + 166 págs.
subtítulo: Delitos de Imprensa
capa impressa a duas cores sobre papel Almaço–Prado, papel que será também utilizado no miolo da respectiva tiragem especial
exemplar estimado, com discreto restauro na lombada; miolo limpo
valorizado pela dedicatória manuscrita do Autor ao «ilustre deputado e vogal do Conselho Colonial dr. Delfim Costa, homenagem de muito apreço e reconhecimento»
PEÇA DE COLECÇÃO
40,00 eur (IVA e portes incluídos)

Edição de grande interesse por tratar-se de rara proveniência, a Índia sob administração portuguesa, e, no caso vertente, sob o regime republicano numa fase em que os documentos oficiais eram rematados com o assinalável «Saúde e fraternidade» maçónico. No que diz respeito ao conteúdo da publicação, enferma dos limites do tema: uma contenda judicial a propósito de alegados delitos de imprensa cometidos pelo jornal O Heraldo. Leitura que, apesar disso, não deixa de ser proveitosa.

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sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Batalha de Flores



ANTONIO FERRO
capa de António Soares

Rio de Janeiro, 1923
H. Antunes & C.ª – Editores
1.ª edição
17,4 cm x 13 cm
168 págs.
impresso sobre papel avergoado
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
discreta rubrica no canto superior direito da capa
50,00 eur (IVA e portes incluídos)

Recolha de crónicas anteriormente publicadas na imprensa diária de Lisboa.

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Prefácio da República Espanhola



ANTÓNIO FERRO
[capa de Bernardo Marques]

Lisboa, 1933
Empresa Nacional de Publicidade
1.ª edição
19,1 cm x 12,3 cm
2 págs. + XXXII págs. + 224 págs.
exemplar bem conservado, contracapa suja; miolo limpo
35,00 eur (IVA e portes incluídos)

Do «Prefácio dum Prefácio»:
«[...] Se a República Espanhola, que vinha a caminho, trazia a aspiração, mesmo distante, de se transformar, um dia, na república federal da Península, o meu dever de jornalista e de jornalista português, era denunciar êsse sonho e de matá-lo à nascença. [...]»

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D. Manuel II, o Desventurado




ANTÓNIO FERRO

Lisboa, 1954
Livraria Bertrand
1.ª edição
19 cm x 12,2 cm
232 págs. + 13 folhas extra-textos com reproduções fotográficas
encadernação em meia-inglesa com cantos em pele e gravação a ouro na lombada
pouco aparado, sem as capas de brochura
exemplar em bom estado de conservação; miolo limpo
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Do Prefácio do autor, que, como se sabe, foi o vigilante mentor cultural da ditadura do Estado Novo através do Secretariado da Propaganda Nacional, e notório impulsionador das ideias de Mussolini, Gabriel d’Annunzio, Primo de Rivera, et alii:
«[...] figura portuguesíssima, insinuante, de D. Manuel II. Se houve um rei luso que se perdeu na bruma, esse foi, sem dúvida, o triste exilado de Fullwell Park, o Desejado de muitos portugueses, outro D. Sebastião teimosamente aguardado numa manhã de nevoeiro. Mas nem os próprios, que tanto ansiavam por ele, conheciam bem, como eu pude conhecer, a esbelteza da sua alma, a sua doce melancolia de português saudoso, distante. Viam nele apenas o Rei, o símbolo ainda vivo do seu ideal, a esperança do regresso, mas não conheciam o homem, o seu encanto pessoal, a distinção e a graça das suas maneiras, não sabiam, por exemplo, que D. Manuel fingia viver em Inglaterra, mas que continuava, de facto, a ser rei na nossa maior possessão: na saudade. [...]»

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quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Arraial de Aldeia


SANTOS CRAVINA

Coimbra, 1948
Coimbra Editora, Limitada
1.ª edição
19,2 cm x 13,7 cm
106 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
valorizado pela dedicatória manuscrita do Autor
25,00 eur (IVA e portes incluídos)

Ao mesmo tempo que dava a conhecer a fina flor do neo-realismo literário na colecção Novos Prosadores, a Coimbra Editora – que contava com Salazar entre os seus sócios – fazia sair pela mesma porta o tronco em flor do fascismo nacional...

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De Betania ao Golgota


SANTOS CRAVINA

Lisboa, s.d. [circa 1930]
Livraria Portuguêsa de Ferreira & Franco Ltd.
1.ª edição
17,7 cm x 13,7 cm
64 págs.
exemplar estimado; miolo limpo, parcialmente por abrir
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR A JOSÉ FERNANDO DE SOUSA (NEMO)
20,00 eur (IVA e portes incluídos)

Breve núcleo de sonetos que poetizam a Paixão de Cristo.

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terça-feira, fevereiro 11, 2014

O Retrato do Semeador


VITORINO NEMÉSIO

Lisboa, s.d. [1957]
Livraria Bertrand
1.ª edição
18,9 cm x 12,3 cm
244 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
40,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Isabel de Aragão, Rainha Santa



VITORINO NEMÉSIO

Lisboa, 1960
Edições Panorama – S. N. I.
2.ª edição
18,4 cm x 13 cm
144 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

Infanta aragonesa, rainha consorte de Portugal por escolha do rei D. Dinis.

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Sob os Signos de Agora



VITORINO NEMÉSIO

Coimbra, 1932
Imprensa da Universidade
1.ª edição
19,4 cm x 12,3 cm
XII págs. + 360 págs.
subtítulo: Temas Portugueses e Brasileiros
exemplar manuseado mas muito estimado, apenas a lombada apresenta fortes sinais da acção da luz; contracapa ligeiramente suja
COM DEDICATÓRIA AO «DISTINTO JORNALISTA E BIBLIÓGRAFO» ERNESTO DONATO ASSINADA E DATADA PELO AUTOR
90,00 eur (IVA e portes incluídos)

Livro de ensaios em que tanto a cultura do ilheu açoreano como Raúl Brandão e o «erotismo» em João de Deus, ou uma tentativa de dar a conhecer o «âmago» do Brasil, são desfiados coloquialmente, naquele estilo de aula ao vivo que lhe permitirá levar depois esse belíssimo exercício de narratividade para dentro dos seus versos.
Do prefácio do Autor, uma significativa passagem (... e dizemos significativa dado Nemésio contar na sua bibliografia com o melhor romance do século XIX escrito a meio do século XX):
«[...] os signos de agora não são pròpriamente os do meridiano europeu, mas os signos particulares de uma cultura embebida no século XIX e ainda a braços com a pouco brilhante tarefa de o assimilar ou remover. [...]»

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O Mistério do Paço do Milhafre



VITORINO NEMÉSIO
vinheta da capa por Eva Aggerholm

Lisboa, 1949
Livraria Bertrand
1.ª edição
19,2 cm x 12,3 cm
328 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
45,00 eur (IVA e portes incluídos)

Diz-nos David Mourão-Ferreira no seu texto «Para o Perfil de Vitorino Nemésio» (ver Críticas Sobre Vitorino Nemésio, Livraria Bertrand, Lisboa, Março de 1974):
«[...] são [...] os contos de O Mistério do Paço do Milhafre, além de modelos insuperáveis da arte de narrar, testemunhos também, entre muitas outras coisas, do modo de resolver, em termos de ficção, a velha dicotomia do regional e do universal, tão persistente na nossa novelística [...]».

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sexta-feira, fevereiro 07, 2014

O Jardim das Mestras


MANOEL DE SOUSA PINTO
capa e portada de Mily Possoz

Paris–Lisboa / Rio de Janeiro, 1914
Livrarias Aillaud e Bertrand / Livraria Francisco Alves
2.º milhar
18,7 cm x 12 cm
VIII págs. + 250 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
27,00 eur (IVA e portes incluídos)

Sousa Pinto, de certo modo cobriu quase todos os géneros literários, mas foi como crítico de arte que se destacou. O seu Raphael Bordallo Pinheiro – O Caricaturista ainda hoje nos é útil e agradável de ler. Para Fernando Pessoa, era Sousa Pinto exemplo de velharia literária... o que mais evidencia a modernidade da capista. Cabe, portanto, a Mily Possoz a responsabilidade pelo interesse que o vertente livro possa ter ainda hoje.

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Nicolau Tolentino ou o Cabrion da Litteratura de Hoje



[ANÓNIMO]

Lisboa, 1867
Typographia de J. G. de Sousa Neves
[1.ª edição]
17,2 cm x 11,5 cm
2 págs. + IV págs. + 154 págs.
subtítulo: Almanach para 1868 – 1.º anno – contendo 103 artigos de critica litteraria. Redigidos por alguns socios da Academia dos Humildes e Ignorantes e offerecidos aos collegas da Academia das Sciencias
encadernação modesta da época, meia-inglesa com ferros a ouro na lombada, onde pode ler-se o nome do antigo proprietário «M. L. [?] Barboza»
sem capas de brochura
exemplar muito estimado, miolo como novo
ostenta o ex libris de Manuel de Mello Corrêa no verso da pasta anterior, desenhado por J. P. Abreu e Lima em 1954 e gravado por Paes Ferreira
40,00 eur (IVA e portes incluídos)

Para além das secções de informação útil sobre festejos eclesiásticos, marés, calendário, tabelas dos toques de incêndio, estações telegráficas, etc., etc., tanto a abertura, em forma de carta dirigida ao «Ill.mo e ex.mo sr. In Hoc Signo Vincis» e assinada mordazmente pelo pseudónimo «Nicolau Tolentino», como as mais de cem páginas dos artigos de crítica literária são corrosivas dos narizes de cera que então pululavam nas artes, nas letras e nas ciências do século. Teófilo Braga, por exemplo, Gomes de Amorim, Fonseca Benevides, Camilo Castelo Branco, Arnaldo Gama, Manuel Roussado, Bulhão Pato, Luz Soriano, Guilherme de Azevedo, Rangel de Lima e imensos outros surgem ali tratados como devem sempre ser tratados os narizes de cera: a pontapés de sarcasmo.
Damos especial relevo a mais um texto, volvidos cerca de dois anos, que pode ainda acrescentar pontos à polémica da denominada Questão Coimbrã.

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pcd.frenesi@gmail.com
telemóvel: 919 746 089   [chamada para rede móvel nacional]

The Poetical Works of Edward Young



EDWARD YOUNG

Londres, s.d.
Ward, Lock, & Co., Warwick House
[ed. (ilustrada) ?]
19 cm x 13,5 cm
XX págs. + 600 págs.
colecção Moxon’s Popular Poets
com 1 retrato do Autor em extra-texto junto do frontispício + 7 ilustrações finamente gravadas, em extra-textos distribuídos ao longo do volume
todas as páginas com cercadura de filete rematada nos cantos por vinheta em cruz, impressos a vermelho; entradas de poema com barras decorativas de florália
encadernação com lombada e cantos em pele, nervuras e gravação a ouro no lombo
corte das folhas marmoreado a toda a volta
exemplar estimado, embora apresente sinais de antiga humidade nas 4 primeiras e nas 3 últimas folhas, e nas págs. 521 a 530
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Inclui, deste poeta setecentista inglês, o célebre poema «Night Thoughts», longa meditação sobre a morte, e cuja influência literária foi determinante para o eclodir do romantismo português.

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