sexta-feira, setembro 23, 2016

Navegação de Paz e de Glória



DUTRA FARIA
pref. do cardeal patriarca de Lisboa, Dom Manuel II

Lisboa, 1945
Agência Geral das Colónias
1.ª edição
22,7 cm x 16,2 cm
8 págs. + 168 págs. + 4 folhas em extra-texto
ilustrado em separado
impresso sobre papel avergoado, gravuras sobre couché
exemplar estimado; miolo limpo
22,00 eur (IVA e portes incluídos)

Relato da viagem que, na altura, fez o cardeal patriarca de Lisboa às colónias portuguesas.

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segunda-feira, setembro 19, 2016

Nova Largada


AUGUSTO CASIMIRO
capa de Tagarro

Lisboa,1929
Tip. da «Seara Nova» [edição do Autor]
1.ª edição
19,2 cm x 13,1 cm
240 págs.
subtítulo: Romance de África
exemplar estimado, pequeno risco na capa; miolo limpo
35,00 eur (IVA e portes incluídos)

Augusto Casimiro (1889-1967), amigo próximo de Raul Brandão e familiar de Jaime Cortesão, chegou a ser director da revista Seara Nova (1961 a 1967). Todavia, a sua perspectiva, neste romance, insere-se naquilo que, ao contrário da literatura africana de expressão portuguesa, Manuel Ferreira identifica como: «a literatura colonial, define-se essencialmente pelo facto de o centro do universo narrativo ou poético se vincular ao homem europeu e não ao homem africano. No contexto da literatura colonial, por décadas exaltada, o homem negro aparece como que por acidente, por vezes visto paternalisticamente e, quando tal acontece, é já um avanço, porque a norma é a sua animalização ou coisificação. O branco é elevado à categoria de herói mítico, o desbravador das terras inóspitas, o portador de uma cultura superior. [...]: “Fiel aos nossos deveres de dominador, grata ao nosso orgulho, útil às populações”, escrevia um homem anti-fascista, Augusto Casimiro (Nova largada, 1929). Predominavam, então, as ideias da inferioridade do homem negro [...]» (Fonte: Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa, vol. 1, Instituto de Cultura Portuguesa, Lisboa, 1977)

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domingo, setembro 18, 2016

Servidões


HERBERTO HELDER
capa de Ilda David’

Lisboa, 2013
Assírio & Alvim
1.ª edição
20,6 cm x 14,7 cm
128 págs.
cartonagem editorial
exemplar como novo
200,00 eur (IVA e portes incluídos)

«disseram: mande um poema para a revista onde colaboram todos
e eu respondi: mando se não colaborar ninguém, porque
nada se reparte: ou se devora tudo
ou não se toca em nada,
morre-se mil vezes de uma só morte ou
uma só vez das mortes todas juntas:
só colaboro na minha morte:
e eles entenderam tudo, e pensaram: que este não colabore nunca,
que o demónio o leve, e foram-se,
e eu fiquei contente de nada e de ninguém,
e vim logo escrever este, o mais curto possível, e depressa, e
vazio poema de sentido e de endereço e
de razão deveras,
só porque sim, isto é: só porque não agora»

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quinta-feira, setembro 15, 2016

Fonte de Amores


CELESTINO GOMES
capa de Cândido Costa Pinto

Montijo, s.d. [1940]
Oficinas da «Gazeta do Sul»
1.ª edição
19,2 cm x 12,2 cm
120 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
discreta assinatura de posse no ante-rosto
ostenta no ante-rosto o carimbo «Gazeta do Sul | Vultos Célebres | das letras portuguesas – Concurso do Natal de 1945»
20,00 eur (IVA e portes incluídos)


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A Expressão Meta-Cromática na Pintura de Eduardo Malta


CELESTINO GOMES

Lisboa, 1937
Editorial “Inquérito”
1.ª edição
21,2 cm x 16,4 cm
60 págs.
impresso sobre papel superior avergoado
exemplar estiamdo, discreto restauro no bordo interior da capa; miolo limpo
assinatura de posse na pág. 11
17,00 eur (IVA e portes incluídos)


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segunda-feira, setembro 12, 2016

Coordenada – Cadernos de Convívio


Porto, Outubro de 1958 e Abril de 1959
coord. Agostinho de Castro, Flávio Ferreira, Jorge Araújo, José Augusto Seabra e Carlos Porto
1.ª edição [única]
2 números (completo)
20,2 cm x 14,2 cm
2 x 96 págs.
exemplares muito estimados; miolo irrepreensível
90,00 eur (IVA e portes incluídos)

Para além de Carlos Porto e de José Augusto Seabra, a revista, na sua breve existência, à força de polícia política e intimações dos serviços de censura, ainda teve a oportunidade de dar a conhecer nomes como, entre outros, os de António Cabral, Orlando Neves, Liberto Cruz, Casimiro de Brito, Manuel Ferreira, etc. Especial destaque é de dar a duas longas entrevistas, uma por cada fascículo, no primeiro a José Régio, no segundo a Marcelo Caetano, esta última assumindo um tom áspero entre as partes.

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quinta-feira, setembro 08, 2016

Relação do Novo Caminho Que Fez por Terra e Mar Vindo da Índia para Portugal no Ano de 1663


MANUEL GODINHO, padre
pref. e notas de A. Machado Guerreiro

Lisboa, 1974
Imprensa Nacional – Casa da Moeda
4.ª edição
22,1 cm x 14 cm
XXXII págs. + 298 págs.
encadernação editorial inteira em tela com elegante gravação a ouro na pasta anterior e na lombada, sobrecapa polícroma
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
25,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Vocabulário Ortográfico e Remissivo da Língua Portuguesa


A. R. GONÇALVES VIANA

Paris – Lisboa / Rio de Janeiro – São Paulo – Belo Horizonte, 1912
Aillaud, Alves & C.ia / Francisco Alves & C.ia
[1.ª edição]
19,1 cm x 13,3 cm
652 págs.
subtítulo: Contendo cêrca de 100.000 vocábulos, conforme a ortografia oficial
encadernação da época inteira em pele com gravação a ouro na pasta anterior e na lombada
aparado e dourado somente à cabeça
conserva as capas de brochura
exemplar estimado; miolo limpo
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Vocabulário em conformidade com as resoluções da Comissão da Reforma Ortográfica aprovadas superiormente em 1911, de que Aniceto dos Reis Gonçalves Viana (1840-1914) foi relator.

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Apostilas aos Dicionários Portugueses


A. R. GONÇÁLVEZ VIANA

Lisboa, 1906
Livraria Clássica Editora – A. M. Teixeira & C.ª
[1.ª edição]
2 tomos (completo)
22,5 cm x 15,8 cm
[XVI págs. + 560 págs.] + [4 págs. + 600 págs.]
exemplares estimados, capas com falhas e restauros; miolo limpo, por abrir o segundo tomo
80,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Chave dos Dicionários


ANTÓNIO PEIXOTO DO AMARAL

Porto, 1892
Livraria Portuense de Lopes & C.ª – Editores
[1.ª edição]
20,2 cm x 13,8 cm
4 págs. + IV págs. + 168 págs.
subtítulo: Por meio da qual se podem procurar tôdas as palavras nos Dicionários; e se obtem a ortografia dos vocábulos em tôdas as línguas. Segundo o plano de P. Boissière. Adaptada à índole e usos nacionais
cartonagem editorial
exemplar estimado; miolo limpo
ostenta colado no ante-rosto o ex-libris de José Coelho
20,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Considerações Sobre a Ortographia Portugueza [junto com] Colèção de Estudos e Documentos a Favor da Refórma da Ortografia em Sentido Sónico



JOZÉ BARBÓZA LEÃO *, dr. cirurjião da brigada do Ezército

Porto / Lisboa, 1875 / 1878
Typographia de Antonio José da Silva Teixeira (Cancela Velha) / Imprensa Nacional
1.ª edição (ambos)
[22 cm x 14,5 cm] + [22,9 cm x 14,7 cm]
72 págs. + [8 págs. + 152 págs.]
subtítulo da primeira brochura: Memoria offerecida ao Ill.mo e Exc.mo Snr. Conselheiro Antonio Rodrigues Sampaio, Ministro e Secretario d’Estado dos Negocios do Reino
exemplares estimados, ambos com restauros toscos nas capas; miolo limpo
45,00 eur (IVA e portes incluídos)

* A primeira brochura é uma publicação anónima [por ***] cujo autor se identifica na segunda.

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terça-feira, setembro 06, 2016

Banhos de Caldas e Aguas Mineraes


RAMALHO ORTIGÃO
pref. Julio Cesar Machado
ilust. Emílio Pimentel

Porto, 1875
Livraria Universal de Magalhães & Moniz – Editores
1.ª edição
23 cm x 15,5 cm
142 págs. + 12 folhas em extra-texto (gravuras)
profusamente ilustrado no corpo do texto e em separado
impresso sobre papel superior
exemplar estimado; miolo limpo, acentuado foxing nalgumas folhas, parcialmente por abrir
95,00 eur (IVA e portes incluídos)


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A Hollanda


RAMALHO ORTIGÃO

Lisboa, 1924
Parceria Antonio Maria Pereira
7.ª edição
24 cm x 17,3 cm
368 págs. + 2 folhas em extra-texto
profusamente ilustrado a negro no corpo do texto
encadernação editorial inteira em tela gravada a negro e ouro em ambas as pastas e na lombada
exemplar muito estimado; miolo limpo
50,00 eur (IVA e portes incluídos)

Interessante edição de um texto originalmente publicado em 1885, agora enriquecido ilustrações.

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Uma Campanha Alegre


EÇA DE QUEIROZ
retrato desenhado por António Carneiro

Porto, 1933
Livraria Lello, Limitada – Editora
2.ª edição (conforme a de 1890)
2 volumes (completo)
18,3 cm x 12,1 cm
[X págs. + 426 págs. + 1 folha em extra-texto] + 312 págs.
subtítulo: Das Farpas
encadernação editorial em tela encerada com ferros a ouro e relevo seco nas pastas e nas lombadas, folhas-de-guarda impressas
exemplares em muio bom estado de conservação; miolo irrepreensível
35,00 eur (IVA e portes incluídos)

Diz o Autor na Advertência:
«[...] As paginas d’este livro são aquellas com que outr’ora concorri para as Farpas, quando Ramalho Ortigão e eu, convencidos, como o Poeta, que a tolice tem cabeça de toiro, decidimos farpear até á morte a alimaria pesada e temerosa. Quem era eu, que força ou razão superior recebera dos deuses, para assim me estabelecer na minha terra em justiceiro destruidor de monstros?... A mocidade tem d’estas esplendidas confianças; só por amar a Verdade imagina que a possue; e, magnificamente certa da sua infalibilidade, anceia por investir contra tudo o que diverge do seu ideal, e que ella portanto considera Erro, irremissivel Erro, fadado á exterminação. Assim foi que, chegando da Universidade com o meu Proudhon mal lido debaixo do braço, me apressei a gritar na cidade em que entrava – Morte á tolice! E desde então, á ilharga de Ramalho Ortigão, não cessei durante dois annos de arremessar farpas, uma após outra, para todos os lados onde suppunha entrever o escuro cachaço taurino. Não me recordo se acertava; sem duvida muitos ferros se embotaram nas lages; mas cada arremêsso era governado por um impulso puro da intelligencia ou do coração. [...]»

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segunda-feira, setembro 05, 2016

Atravez do Reino Unido



LADISLAU BATALHA

Lisboa, 1904
s.i. [ed. Autor ?]
1.ª edição
187 mm x 134 mm
248 págs.
subtítulo: Notas de Viagem
muito modesta encadernação em meia-inglesa
aparado, sem capas de brochura, sem a folha de ante-rosto e sem o retrato do autor
exemplar envelhecido mas aceitável; miolo limpo
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

Reunião em livro da colaboração regular de Ladislau Batalha no Diário de Notícias.

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pcd.frenesi@gmail.com
telemóvel: 919 746 089   [chamada para rede móvel nacional]

Curiosidades da História Portuguesa


LADISLAU BATALHA

Lisboa, s.d. [circa 1930]
Livraria Editora Guimarães & C.ª
1.ª edição
19,2 cm x 12,2 cm
232 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
20,00 eur (IVA e portes incluídos)

Ladislau Estêvão da Silva Batalha (1856-1939), desde muito novo embarcadiço como moço-de-bordo, após onze anos de deambulação e aventuras por mares e oceanos trouxe consigo os ideais cívicos republicanos que, de par com Azedo Gneco, os levaram à fundação do antigo Partido Socialista. O vertente livro reflecte as suas preocupações pedagógicas nos domínios da História de Portugal.

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domingo, setembro 04, 2016

A Lua Não Está à Venda


ALICE VIEIRA
ilust. Constança Lucas

Lisboa, 1988
Editorial Caminho, SA
1.ª edição
21 cm x 14 cm
172 págs.
ilustrado
exemplar muito estimado, sem qualquer quebra na lombada; miolo limpo
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DA AUTORA
27,00 eur (IVA e portes incluídos)


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sexta-feira, setembro 02, 2016

A Morte de Carlos Gardel


ANTÓNIO LOBO ANTUNES

Lisboa, 1994
Publicações Dom Quixote
1.ª edição
21 cm x 13,6 cm
394 págs.
exemplar novo, sem qualquer quebra na lombada
35,00 eur (IVA e portes incluídos)

António Lobo Antunes, implacável, dá-nos a conhecer uma família e os que em seu torno gravitam, num retrato árido e cruel, que leva o leitor a repensar as relações humanas num Portugal em declínio. Por contraste com a força vital do cantor argentino Carlos Gardel, cuja presença musical é recorrente, temos neste romance o retrato da frustração, do cansaço, da amargura, do tédio: «[...] o casamento no fundo é isto, duas pessoas sem alma para cozinhar e nada para dizer partilhando peúgas em detergente e frangos de churrasco. [...]».

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quinta-feira, setembro 01, 2016

Viagens á Roda do Codigo Administrativo


ALBERTO PIMENTEL

Lisboa, s.d. [1879 *]
Empreza Litteraria de Lisboa
Officina Typographica de J. A. de Mattos
[1.ª edição]
18 cm x 12,2 cm
280 págs.
encadernação modesta da época, com lombada em pele gravada a ouro
exemplar muito estimado; miolo limpo
sem capas de brochura, aparado
ex-libris de Henrique Botelho colado no verso da pasta anterior
45,00 eur (IVA e portes incluídos)

Quanto ao Autor, ao sublinhá-lo como incomparável camilianista, Cândido de Figueiredo considerava-o escritor exímio em qualquer género: «[...] O conhecimento da lingua, habilita-o para amoldar a penna, sem grande esforço, aos mais diversos e difficeis assuntos. Não é um sabio, não é um historiador, não é um luminar da pedagogia, e comtudo tão facilmente decanta as folhas de um lirio como escreve um livro de historia, um relatorio escolar, uma monografia criminal, um artigo de polemica. [...]» (in Homens e Letras – Galeria de Poetas Contemporaneos, Tipografia Universal, Lisboa, 1881). No caso vertente, é a bem disposta reflexão acerca da paisagem, das gentes, dos costumes, da história, etc., da região de Portalegre e arredores, lugares que Pimentel se viu obrigado a conhecer por força da sua comissão aí, durante um ano, na qualidade de administrador do concelho.

[* Segundo Brito Aranha no Diccionario Bibliographico Portuguez, de Inocêncio Francisco da Silva (tomo XX, Imprensa Nacional, Lisboa, 1911).]

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Auto de la Sibila Casandra



GIL VICENTE
pref. e notas de Álvaro Giráldez (pseud. de Aubrey FitzGerald Bell)

Madrid, 1921
Librería General de Victoriano Suárez
s.i.
texto em castelhano
17,7 cm x 11,3 cm
48 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
ocasionais carimbos da Sociedade de Língua Portuguesa
valorizado pela dedicatória manuscrita de Álvaro Giráldez ao escritor Agostinho de Campos, assim como pela carta anexa em que o mesmo esclarece a natureza do seu pseudónimo e justifica a reduzida tiragem da edição: «A edição do auto é de cem exemplares, dos quaes 38 estão á venda em Madrid e 4 em Lisboa.»
30,00 eur (IVA e portes incluídos)


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Exortação da Guerra


GIL VICENTE
ed. crítica de João de Almeida Lucas

Lisboa, 1944
Edições da Revista «Ocidente»
s.i.
18,6 cm x 13 cm
176 págs.
impresso sobre papel superior avergoado
exemplar como novo, por abrir
20,00 eur (IVA e portes incluídos)

Tragicomédia escrita em 1514, no intuito de sensibilizar e incentivar as doações, ou a compra das indulgências (a bula da cruzada), para a guerra que D. Manuel I preparava: pretendia então o rei de Portugal conquistar Fez e Marraquexe.

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Gil Vicente, Floresta de Enganos



VITORINO NEMÉSIO
[capa de Fred Kradolfer]

Lisboa, 1941
Editorial «Inquérito», Lt.ª
1.ª edição
18,9 cm x 12,5 cm
80 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

«Atravesso mais uma vez a selva vicentina» [assim começa o belíssimo texto de Nemésio...] «e, dos títulos que a Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente me oferece, vivos como fôlhas do Triunfo do Inverno, expressivos e directos como os fustes das vinte e quatro árvores dos autos, que se dispõem de maneira a dar a cómica ilusão de um bosque inteiro, escolho FLORESTA DE ENGANOS para nome dessa formidável unidade. Bem sei que os “enganos” da comédia de Gil Vicente são puros disfarces, o que os franceses chamam déguisements: coisas de maneira ou de “guisa” mudada. Mas nem êsse nem outros expedientes teatrais abafam a fôrça simbólica do teatro vicentino. [...]»

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Os Sermões de Gil Vicente e a Arte de Pregar



JOAQUIM DE CARVALHO

Lisboa, 1948
Edição da Revista ‘Ocidente’
1.ª edição (separata)
25,7 cm x 18,6 cm
88 págs.
exemplar estimado; miolo irrepreensível, por abrir
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

Num estudo vicentino, que também o é acerca da Idade Média lusitana, Joaquim de Carvalho desde logo, nas primeiras linhas do seu texto, bem caracteriza a época:
«[...] O espírito foi jovial, o ânimo resoluto, os modos corteses, a inteligência tranquila e segura de si, mas a mente desconheceu dúvidas promissoras, a vontade, com querer virilmente o que quis, talvez se afirmasse mais extensamente em nolições que em volições, e a expressão literária, em si mesma, como forma de Arte, não teve agilidade nem se elevou no puro prazer estético. Dir-se-ia que ninguém, por então, deixara correr a pena só movida pelo deleite de escrever. A volúpia recatada com que D. Duarte escrevera para si próprio e para a sua escrivaninha cedera inteiramente o lugar ao desejo de bem-merecer a recompensa dos poderosos, quer narrasse História, quer folgasse com metro e rima nos serões palacianos. Poetas, prosadores, pregadores, todos utilizavam o verbo para defender ou para atacar. A intenção didáctica tornara-se o signo daquela hora vesperal [...].»

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A Mulher na Obra de Gil Vicente



JOAQUIM LEITÃO

Lisboa, 1939
Academia das Ciências de Lisboa
1.ª edição
25,8 cm x 19,5 cm
72 págs.
impresso sobre papel superior avergoado
exemplar estimado; miolo limpo
valorizado pela dedicatória manuscrita do Autor a Caeiro da Mata
22,00 eur (IVA e portes incluídos)

Uma passagem do texto:
«[...] Em Gil Vicente encontrou a mulher o seu defensor. [...]
Três tipos feministas da obra Vicentina – A Sibila Cassandra, no teatro hierático; a Inês Pereira e a Isabel de Quem tem farelos, no teatro popular –, são três gritos de oprimidas que desagravam os seus direitos. [...]»

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