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quinta-feira, maio 01, 2025

Banalidades de Base



RAOUL VANEIGEM
trad. Paulo da Costa Domingos
pref. Júlio Henriques
capa de pcd

Lisboa, 1998
frenesi
3.ª ed.
190 mm x 130 mm
64 págs.
exemplar novo
inclui a cinta alusiva «Nos 40 anos da I.S.» e o encarte publicitário à edição abreviada dos boletins da Internacional Situacionista, publicada pelas edições Antígona em consonância com esta publicação na frenesi
10,00 eur (IVA e portes incluídos)

Uma passagem do texto:
«[...] o campo de batalha onde se trava o combate entre a totalidade e o poder, que emprega todas as energias a controlá-la, é a vida quotidiana. O que reivindicamos ao exigir o poder da vida quotidiana contra o poder hierarquizado: TUDO. Situamo-nos no conflito generalizado que vai da querela doméstica à guerra revolucionária, e apostamos na vontade de viver. Significa isto que devemos sobreviver como anti-sobreviventes. Interessamo-nos fundamentalmente pelos instantes em que a vida brota através da glaciação da sobrevivência (sejam tais instantes inconscientes ou teorizados, históricos – como a revolução – ou pessoais). [...]»

pedidos para:
pcd.frenesi@gmail.com
telemóvel: 919 746 089   [chamada para rede móvel nacional]

quinta-feira, abril 10, 2025

Cicatriz



PAULO DA COSTA DOMINGOS
capa do escultor José Pedro Croft

Lisboa, 1986
frenesi
1.ª edição
19 cm x 12,9 cm
32 págs. + 1 cromo colado na primeira pág.
ilustrado
capa impressa a uma cor e relevo seco
acabamento com dois pontos em arame
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível
PEÇA DE COLECÇÃO
75,00 eur (IVA e portes incluídos)

Não foi prémio literário, o que um escritor como Paulo da Costa Domingos agradece.

pedidos para:
pcd.frenesi@gmail.com
telemóvel: 919 746 089   [chamada para rede móvel nacional]

terça-feira, março 18, 2025

Características

PAULO DA COSTA DOMINGOS
capa de Nuno Moreira
grafismo do autor

Lisboa, 2025
Barco Bêbado
1.ª edição
220 mm x 155 mm
32 págs.
acabamento com dois pontos em arame
exemplar novo
15,00 eur (IVA e portes incluídos)

Depois de 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9, e de Caderno 37, ambos publicados em 2024, o autor fecha este ciclo com este Características, de onde extraímos uma passagem:

«[…]
Ser-se electricidade num click
e a sêde canalizada e medida na
folha de cálculo da noite cósmica,

ser-se o segredo e o apavorado
espírito do Tempo, o ferimento
genesíaco que nunca vai sarar

o amanhã ser a con-sequência
prenominal dos ontens pela
bitola mental do lúmpen.
[…]»

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pcd.frenesi@gmail.com
telemóvel: 919 746 089   [chamada para rede móvel nacional]

Poemas Escolhidos

 

NEELI CHERKOVSKI
pref. Charles Bernstein
trad. António Gregório
capa e grafismo de Paulo da Costa Domingos


Lisboa, 2025
Barco Bêbado
1.ª edição
220 mm x 165 mm
432 págs.
subtítulo: 1959-2024
ilustrado
exemplar novo
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Um ano após a morte do norte-americano Neeli Cherkovski, a vertente antologia reúne grande parte do seu trabalho poético, produzido ao longo de seis décadas e meia, dele que foi também o biógrafo de Lawrence Ferlinghetti e de Charles Bukowski.

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quarta-feira, março 12, 2025

Sião



AL BERTO (org.)
PAULO DA COSTA DOMINGOS (org.)
RUI BAIÃO (org.)
pref. Alexandre Melo
capa de Pedro Calapez

Lisboa, 1987
frenesi
1.ª edição [única]
190 mm x 130 mm
224 págs.
exemplar como novo
PEÇA DE COLECÇÃO
290,00 eur (IVA e portes incluídos)

Trata-se de uma antologia poética temática, do século XX e para o século XX, estendendo-se cronologicamente de Antero de Quental a Fernando Luís Sampaio, em que os organizadores responsáveis tiveram a sensatez de não incluir nenhum poema de sua autoria. Esteve para chamar-se Babel, mas uns pseudo-intelectuais nortenhos (Álvaro de Sousa Holstein Ferreira, Amadeu Baptista e Vergílio Alberto Vieira), sabendo do que abaixo do Mondego se passava, enquanto esta antologia ia a imprimir defecaram eles, lá na terra deles, uma porcaria com o cobiçado nome. Lisboa riu-se para dentro, e seguiu viagem, sôbolos rios camoneanos, secretamente agradecida por ser empurrada para o Sião. Depois, posta a circular, no mercado livreiro e nas arenas do jornalismo encartado, esta antologia programática de poetas e poemas intencionalmente escolhidos originou um ramalhete de ódios mal disfarçados contra os organizadores e seus familiares, havendo mesmo gente vil (já devidamente identificada) que se acobertou atrás de vila-santíssimos pseudónimos, dada a sua cobardia e nulo fundamento crítico. Enfim, já lá vai... e as antologias que vieram depois desta são a chochice que se sabe, excepção clara para Poetas Sem Qualidades, em 2002, documento inaugural da editora Averno, basta ler-se-lhe o Prefácio.
No caso de Sião, também basta ler o Prefácio de Alexandre Melo:
«Ao contrário do que muitas vezes se diz, numa antologia de poesia nunca falta nenhum poeta, nem nenhum poema. Porque uma antologia se define pelo que inclui e pelo que exclui: esse, o ponto de partida. Portanto, nesta antologia não falta nenhum poeta, o que não quer dizer que a um ou outro poeta não passe a faltar esta antologia. [...]»

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quarta-feira, setembro 11, 2024

Caderno 37

 

PAULO DA COSTA DOMINGOS
capa de Carlos Ferreiro


Lisboa, 2024
viúva frenesi
1.ª edição
220 mm x 155 mm
32 págs.
acabamento com dois pontos em arame
exemplar novo
15,00 eur (IVA e portes incluídos)

Uns poemas:

«¡Ah, pois! O mundo opaco
da comunicação de massas
é a ágüa-forte desta época
sob chuva de ácido nítrico
sobr’ a Corrente Subterrânea.


E o horizonte move-se
no poço das pupilas, recua
para o fundo interior de
abismos pouco esclarecidos,
sem ponto de vista, ainda.

*

Mais para sublime do que belo
este dia inteiro ao terror votado
só a mim pertence, assombroso
nos gritos, asteróide cioso
de colisão. Poderei então

a cada passo buscar
o novo agir das palavras
no cenário da guerra social
e, tal como Kepler, nunca
trocarei minha descoberta

por algum principado.

*

O sono trouxe-me aqui e abandonou-me,
as grandes decisões chamam o assombro
de prosseguir na vibrante pura inutilidade.

O facto é que falo com a alfazema
como se fosse tudo, mas não é tudo,
tudo, é um modo de dizer estou aqui,
alfazema
, para o que der ou vier.
[…]»

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pcd.frenesi@gmail.com
telemóvel: 919 746 089   [chamada para rede móvel nacional]

1.2.3.4.5.6.7.8.9

PAULO DA COSTA DOMINGOS
ilust. James Whistler

Lisboa, 2024
viúva frenesi
1.ª edição
220 mm x 155 mm
48 págs.
ilustrado
acabamento com dois pontos em arame
exemplar novo
10,00 eur (IVA e portes incluídos)

Um poema… de passagem:

«[…]
dos que procuram comunicar
o nenhum-sentido; qüando desapareceu
que comunicar aos que
bebem por sondas
de sombras mediáticas

resta o toque o corte o espasmo
enxerto na carne na pele
num desenho a tinta-desejo
que rasura premissas

porém, sim: porém, escapa o Único,
reconfigura as tragédias do século
a seu fervor substantivo e
verbal


da parte de fora do poema
a tod’ a hora morre alguém
no frio
da fria montanha das
frias dúvidas

a tod’ a hora um arrepio fend’ a
certeza de que Tudo
vem acontecendo; nunca nada
terá acontecido

prata emocionável, vibrante
(o crime fútil, ou a batalha),
folha em sofrimento: nada se passou
no gelo da Grande Escala


o ô-dor da paixão
é a miragem robusta
do lôgro bem sucedido
num conto de fadas
que a si puxa em vão

lugar onde
anteriormente
falava alto
uma árvore

o estilhaço de vidro em rewind
a usura do Tempo (em espelho)
no auge do cinismo
diz-se «é a vida»


o vagabundo, que casou com
a ambulância zumbindo
mentiras subúrbio em trânsito
congestionado como um rumor
pelas costas, falece de Lua

os drogados, é o Sol o cimento
distantes estames como bruma
nas veias cérebros de Estado
em lama, corrigem o prumo

a dama d’ oiros, a infecta carne
coração na boca pouca ou nenhuma
decência com o dinheiro que
lava, faz-se de morta
[…]»


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terça-feira, julho 30, 2024

Patchwork

 

CELESTE VIRIATO
pref. Paulo da Costa Domingos


Lisboa, Março de 1980
& etc – Publicações Culturais Engrenagem, Lda.
1.ª edição
texto em castelhano
177 mm x 153 mm
20 págs.
ilustrado
impresso sobre papel superior verde-claro
acabamento com dois pontos de arame
exemplar como novo
PEÇA DE COLECÇÃO
45,00 eur (IVA e portes incluídos)

O título remete de imediato para as técnicas de collage e arrancamento, para o ready made dadá, para o neo-dadaísmo pop. Mas também, noutro plano, para o plágio ducasseano. Nunca para o entretém de costureiras hippies! A vinheta na capa sublinhava, à partida, o território cultural onde inserir o estranho objecto-livro. Que se tratava de uma extensa montagem de texto em castelhano, atribuída, em entrevista-prefácio, a uma stripteaser. Para a época em que foi publicado – a abertura dos estultos anos 80 –, quando o país cultural se preocupava em dar a conhecer à Europa (e ao mundo) a re-assunção da burguesia das Letras nacionais ainda mal recomposta do susto do 25 de Abril de 1974, foi inegavelmente um acto provocatório a sua publicação sob os auspícios do histórico editor Vitor Silva Tavares.
Não tanto, digamos, a reedição do mesmo texto mais tarde, em 2003, na frenesi, cinicamente traduzido para português pelo poeta Jorge Fallorca, e revelando finalmente ao pátio dessas Letras nacionais o verdadeiro “viriato” da peça (in Paulo da Costa Domingos, De Regresso ao Campo de Honra, frenesi, Lisboa 2003). Também na citação final, que encerrava o jogo, substituía-se Marcel Proust por Juan Goytisolo, este, sim, o correcto ascendente da ideia literária contida em Patchwork.

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segunda-feira, julho 29, 2024

Balança

 

ÁLVARO LAPA
capa e grafismo de PCD [Paulo da Costa Domingos]


Lisboa, 1985
frenesi
1.ª edição [única]
190 mm x 130 mm
24 págs.
impresso sobre papel Conqueror azul
acabamento com dois pontos de arame
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR AO PINTOR EURICO [GONÇALVES]
peça de colecção

70,00 eur (IVA e portes incluídos)


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pcd.frenesi@gmail.com
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quinta-feira, julho 04, 2024

Asfalto

 

PAULO DA COSTA DOMINGOS
pref. Jorge Fallorca
posf. Vitor Silva Tavares
capa, sobrecapa e ilust. Carlos Ferreiro


Lisboa, 1977
& etc – Publicações Culturais Engrenagem, Lda.
1.ª edição
175 mm x 153 mm
84 págs. + 1 cromo em extra-texto (colado na pág. 2)
ilustrado
exemplar como novo
PEÇA DE COLECÇÃO
VALORIZADO PELO AUTÓGRAFO DO ESCRITOR

75,00 eur (IVA e portes incluídos)

Trata-se do segundo livro de Paulo da Costa Domingos (n. 1953), quase integralmente excluído nas sucessivas edições da sua obra reunida, tendo-se por princípio que o psicadelismo é, afinal, muito mais interessante na ressaca.

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domingo, junho 30, 2024

Breves | discursos

 

PIERRE ALFERI
trad. Jorge Pereirinha Pires
capa, paginação e grafismo de Paulo da Costa Domingos

Lisboa, 2024
Barco Bêbado
1.ª edição
210 mm x 131 mm
184 págs.
ilustrado
capa impressa a uma cor directa sobre cartolina branca, sobrecapa impressa a prata e recorte de onda no papel goufrado
exemplar novo
20,00 eur (IVA e portes incluídos)

Como foi possível meia dúzia de casas editoras, com intuitos de ser uma referência em colecções de poesia, não terem publicado, nos últimos 50 anos, um único livro de ensaio que historiasse ou referisse explicitamente a arte poética, enquanto técnica literária ou filosofia da linguagem?! Gerou-se, então, um monstro no sono dessa nula Razão: a besta-fera do vale tudo verbal, inclusive atirar poeira suja para os olhos dos leitores, servindo-lhes como poemas aquilo que nada é senão verborreia débil de sentido e de Vida vivida. Impera, assim, uma completa ausência de informação teórica, vertida para português ou, ainda menos, com origem na língua portuguesa. Mas não quer isto dizer que rareie o atrevimento de “escritores” nos caminhos pedregosos do género. E são, enxameadamente, ecrãs sobre ecrãs internéticos, espaço privilegiado e sem juízo nem controlo, de diarreias tendo-se na conta de versos, de poesia, e que acabam por fazer o seu caminho até aos catálogos de editores gemeamente ignorantes.
A jovem casa Barco Bêbado, para além das pérolas culturais a que já habituou os seus leitores, dá agora a conhecer, ao 51.º título publicado, o seminal Breves | discursos, do falecido poeta e ensaísta francês Pierre Alferi (e letrista de canções, pelo menos no primeiro disco da cantora e actriz Jeanne Balibar), vindo deste modo preencher a supra-mencionada lacuna teórica.
Uma passagem apenas, do texto de Alferi:
«[…]
O que é um verso? Sobre esta noção pesa hoje em dia um equívoco grave, e que tem a sua importância na presente situação da poesia. A antiga concepção do verso como unidade (não gramatical) estava ligada ao repertório dos tipos de versos (antigos, modernos). Se continuarmos a fazer prevalecer esta concepção, a poesia identifica-se com o verso, e escrever poesia com fazer versos (caricatura na estética do “belo verso”). Ora, da maioria dos poetas que contaram desde há cinquenta anos não se pode dizer que eles faziam versos. Nem Pound, nem Celan, por exemplo. Porquê? Por causa da história geral da passagem para segundo plano dos tipos de versos perante uma prosódia dinâmica mais flexível (a do verso projectivo de Olson, por exemplo). […] É portanto uma outra concepção do verso que vem à luz, ainda que implicitamente. Ela já não coloca a ênfase na unidade do verso (nem semântica nem gramatical, nem mesmo prosódica como a que se achava pressuposta na poesia que desposava tipos de versos), mas no próprio corte, que é essencialmente agramatical, e no encavalgamento que marca esse carácter não gramatical da organização verbal. O corte já não é portanto o encerramento da unidade-verso, mas um sinal de pontuação especificamente poético cuja força aparece no encavalgamento. O verso, reduzido à acção de cortar e, muitas vezes, de encavalgar, não é então mais do que um instrumento de trabalho rítmico sobre a frase. Do ponto de vista da unidade, um verso não é mais do que um pedaço ou pedaços de frases. Escrever poesia já não é fazer versos, mas fazer frases talhadas ritmicamente por meio, entre outras coisas, do corte. […] Parece-me que só esta concepção do verso tem sentido hoje em dia, e que o recurso aos antigos tipos de versos, tal como à contagem isossilábica, dificilmente poderá ser outra coisa, para o dizer brutalmente, senão o efeito da ignorância ou de uma reacção.
[…] A poesia, é ritmo, nada mais do que ritmo. Tudo o resto são maneirismos. […]»

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telemóvel: 919 746 089   [chamada para rede móvel nacional]

segredos d’ estado

 

RUI BAIÃO, texto
ANDERS PETERSON
, fotografias
grafismo de Paulo da Costa Domingos

Lisboa, 2024
Barco Bêbado
1.ª edição
267 mm x 185 mm
154 págs.
profusamente ilustrado
encadernação editorial
exemplar novo
45,00 eur (IVA e portes incluídos)

Uma passagem breve do texto:
«[…]
Sobr’estes pântanos — películas finas de um gesto
: espuma, à clareira das magnas superfícies : pneus usados,
tapados por uma lona. Alguns tijolos, a fazer de peso.
Louvados campos, talvez nenhumas moléculas famintas
— um abrunheiro, tombado ao comprido.
Um rafeiro a ladrar ao homem d’anorak turquesa.
Outro cão, sob a pele de um mais monstro que Ele
— prados & valas, ao quase-limite restrito das sebes
: casebres que não hibernam : cubos de toucinho,
usados como isco. No arame da ratoeira
[…]»

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quinta-feira, maio 16, 2024

Calamidade




JÚLIO HENRIQUES
NUNO MOURA
SANDRA ANDRADE
CARLOS FERREIRO
GIANFRANCO SANGUINETTI
ANTÓNIO CABRITA
PAULO DA COSTA DOMINGOS

Lisboa, 2020
Barco Bêbado
1.ª edição
480 mm x 700 mm (aberto)
240 mm x 175 mm (fechado)
16 págs.
subtítulos: [1] Recursos Humanos; [2] Diante; [3] «I want a third pill!»; [4] [desenhos]; [5] O Despotismo Ocidental; [6] Câmara Ardente; [7] O Exíguo Sentido
ilustrado
exemplar novo
numerado e assinado pelo editor Emanuel Cameira
10,00 eur (IVA e portes incluídos)

Folha-volante escrita por 7 autores, paginada e impressa durante os dias de confinamento.

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sábado, novembro 04, 2023

Manobra Portuária

 

PAULO DA COSTA DOMINGOS
capa e ilust. Luís Rocha


Lisboa, 2023
Barco Bêbado | viúva frenesi
1.ª edição
210 mm x 130 mm
52 págs.
ilustrado
exemplar novo
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

Alguns versos:

Rocha sem fòrma ou sombra,
procuro alguma perfeição
por mão artífice. Por outro lado,

ardo, um braço, uma tocha
com a ferocidade, a malícia cruel
de uma infância outra.

Escurece. Rostos dissolvem-se, negros,
observados a fògos-fátuos, vigilantes:
um sistema construído

para mútua espionagem e juízo.
Um sistema de absorção da coragem:
dor, suas causa e conseqüência.

¿Quem tem a chave da concha vazia
do dia-a-dia... onde se acolitam
conseguimentos por conta d’ outrem?

Frustrante. Apenas um esbôço
de movimento para diante
visto nos diferentes ângulos.

Mas uma ideia deve escrever-se
vezes sem conta, no caminho
d’ alguma moratória certeza.

Hesito, solitário de novo
no perigo da escrita
pelo campo das imagens

convencionais, à procura
do encontro e da superação
em sua honra: depauperando-me.

Campo do silêncio e da chama
ateáveis. ¿Quem tem a chave
de um longo e duro olhar?

*

A fôrça do passado: um cheiro
podre a pele engordurada que
arde degrau a degrau: cinza
operativa tal como placenta;

o passado, por aquilo a que fòrça
– acesso ou isolamento na desolação –
escraviza. A fôrça da oralidade
contra a escrita (a História) reverte

a verdade em dúvida, em histórias
de bairro entre cheiros gordos:
sujas dinastias de virilhas escondidas,
eventualmente. Na pequena lista

das coisas familiares e palpáveis
insinua-se o conceito (o quisto,
o trombo, a ordem) que tudo degrada
e mata. A fôrça do passado

empurra, empesta. Paga-se
devorado: nunca mais, o trabalho,
a folha de ordenado, que uma floração
(uma floração outra) obriga.

Mesmo qüando não arde, arde, e
morde o coração profundo: fòrça;
qüando poder-se-ia apenas respirar
olhos postos numa eterna doçura

sem azedume ou medo, murmúrio
apenas: as palavras acima da palavra
como segredos de fumo, como:
pérolas segregadas, imagens sem verbo,

que nada ferem, nenhuma denúncia,
ou remoque. A fôrça evocativa
do verde-esmeralda que resolve, infere,
a magia negra, de uma noite, no

silêncio trepidante… ¿Onde estás...
onde?... Algo se alia a algo nunca
conhecido.

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sexta-feira, outubro 06, 2023

Deus de Revólver

 

RENE RICARD
trad. Luís Lima
pref. Raymond Foye
fotografias de Rita Barros
grafismo de Paulo da Costa Domingos

Lisboa, 2023
Barco Bêbado
1.ª edição
210 mm x 130 mm
104 págs.
exemplar novo
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

Da contracapa:
«
Eu sou corrupto / e sou este país / A imagem da democracia que cegou / A expansão da empresa / quando atinge o limite / e se volta para si própria / forçada a roubar quando já tudo tem dono / Vi o reverso da promessa de Whitman / O imigrante – italiano das canções, irlandês das / boas intenções, alemães, gregos, haitianos, hispânicos, / de lâmina cintilante tornados gângsters, bifes célticos ou / italo-macarrónicos, guineenses, enrabados e pretos nesta / Grande terra. / Há animais com forma humana / em matilhas como lobos / A águia nobre dilacera o pardal comum / As pessoas como insectos, vermes e montes de bactérias. / Como a ilha era hospitaleira, deixaram-na em ruínas / Eu sou esse país, a América, / Vejo-te águia estirada presa ao mapa / enxameada a rastejar com formigas.»

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Poemas Escolhidos

 

ERIC WALKER
trad. António Gregório
pref. Raymond Foye
posf. Neeli Cherkovski
pintura da capa de Francesco Clemente
lettering e grafismo de Paulo da Costa Domingos

Lisboa, 2023
Barco Bêbado
1.ª edição
210 mm x 130 mm
164 págs
exemplar novo
19,00 eur (IVA e portes incluídos)

Do poeta norte-americano Eric Walker (1964-1994) precisamente um poema escolhido pelo editor:

«A PENA CAPITAL

Vão matar-me amanhã,
ou talvez na próxima semana,
vão distribuir os meus ossos
por várias conserveiras,
mas ninguém cantará na minha morte,
vão queimar com gosto a minha obra,
vão espezinhar o meu sangue, e
vão fazer das minhas palavras uma palhaçada,
a senhora gorda vai dançar com o Kaiser,
o esqueleto desconjuntado vai voltar-se para a justiça
mas encontrar apenas o erro de impressão das suas palavras
nos jornais que ludibriam os mortos,
veste uma mortalha branca como a neve,
vou viver como pertença dos seus assassinos,
deslizam abaixo da linha de água,
são aqueles que não devem compreender
que Deus é a presença da vida,
ludibriam e mentem e lucram
com a alma de um homem, e eu não sou senão carne
a ser limpa e vendida e licitada em
neve cega entalhada na ruína fria
de um sonho sem esperança,
a permanecer como uma árvore quadripé
dentro da cúpula da salvação.»


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domingo, julho 16, 2023

Coisas


aa.vv.

Lisboa, Fevereiro-Março de 1974
& etc – Publicações Culturais Engrenagem, Lda.
1.ª edição [única]
175 mm x 153 mm
176 págs.
ilustrado
capa impressa a uma cor sobre o lado rude de cartolina duplex, sobrecapa a duas cores sobre o lado mate de papel kraft
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
PEÇA DE COLECÇÃO
95,00 eur (IVA e portes incluídos)

Trata-se do primeiro livro editado pela casa & etc, até aí unicamente responsável por publicação periódica homónima. Dado o carácter globalmente agreste, linguagem a condizer, desenhos não menos acutilantes, e porque traz data de impressão anterior ao 25 de Abril que correu com a polícia política e a censura, foi obra que ainda se viu sujeita às técnicas de venda de mão em mão e por baixo dos balcões. Reúne intervenções escritas e ilustrações de Adelino Tavares da Silva / [Carlos] Ferreiro, António [Tavares] Manaças / Eurico [Gonçalves], Baptista-Bastos / Lud, Carlos Porto / Figueiredo Sobral, José Martins / João Rodrigues, Nelson de Matos / Ana Machado, Paulo da Costa Domingos / Gonçalo [Duarte], Pedro Oom / Lud, Virgílio Martinho / [Maria] Aurélia, Vitor Silva Tavares / Aldina [Costa].

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sexta-feira, abril 07, 2023

O Diário de Huncke

 

HERBERT HUNCKE
pref. Oliver Ray
trad. Manuel João Neto
ilust. Pedro Saraiva
grafimo e paginação de Paulo da Costa Domingos


Lisboa, 2023
Barco Bêbado
1.ª edição
210 mm x 130 mm
160 págs.
ilustrado
exemplar novo
20,00 eur (IVA e portes incluídos)

Uma passagem do texto de Herbert Huncke (1915-1996):
«Acabei de comer o Peter e empurrei os últimos pedaços com cerveja – cerveja lager. Ele era tenro e sumarento – suculento – caramelizado e esguio.
Engoli o coração inteiro. Chupei-lhe os ossos – até à medula – e abandonei-os limpos – numa pilha – cuidadosamente elaborada.
Vou usar o cabelo para tecer um gibão sedoso – um cachecol – para enrolar à volta da garganta e uma cinta.
Com os ossos vou construir uma cama – e vou passar horas deitado nela – a sonhar – o crânio dele a fazer de almofada – os pássaros virão e encontrar-me-ão morto.
Vão debicar-me e arrancar-me pequenos bocados de carne. Alguns deles levantarão voo – para me lançar ao mar – e oferecer aos peixes. O sol secar-me-á e o vento espalhará flocos de poeira sobre a terra.
Os nossos ossos irão pulverizar-se lentamente e transformar-se em pó – a chuva misturando-nos um no outro – e lavando a terra – infiltrando-se nas raízes das árvores – ervas – flores.
Eles encontrarão os nossos crânios – os últimos dos últimos – unidos mandíbula contra mandíbula – na caricatura de um beijo.»

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Trespasse Instantâneo do Cérebro

 

MELCHIOR VISCHER
pref. David Vichnar
anotado por Tim König
trad. António Gregório, e Joana Jacinto
capa (fotog.) de Roger Ballen
grafismo e paginação de Paulo da Costa Domingos


Lisboa, 2023
Barco Bêbado
1.ª edição
[240 mm x 125 mm] + [220 mm x 100 mm (encarte)]
120 págs. + [1 encarte (in 4.º): 4 págs. (fechado)]
subtítulo: Um romance de inquietante alta rotação
encarte: Peter Bouscheljong, O Sonho de uma Coisa (Crónica Subversiva), trad. Ana Isabel Soares
ilustrado
exemplar novo
18,00 eur (IVA e portes incluídos)

Uma passagem do texto do dadaísta Melchior Vischer (1895-1975):
«[…] A cidade dos macacos uivadores e das pulgas, da corrupção, do bacillus idioticus militaris neo-europeu, também o ponto fulcral de todas as bandeirolas de um mundo ocidental tratado a arsfenamina, sede de traficantes que agitam o mercado em alta com a insolvência do estado, de esgotos entupidos, dos eléctricos mais rápidos do mundo e a cidade dos seis mil ministros. Já todos foram ou são ou serão ministros. Em troca disso, toda a nação resplandece. […]»

pedidos para:
pcd.frenesi@gmail.com
telemóvel: 919 746 089   [chamada para rede móvel nacional]

sábado, dezembro 31, 2022

frenesi 1980-1982




Lisboa, 1995 [Verão 1980 (1 a 11) – Inverno 1980-1981 (12 a 22) – Primavera 1982 (23 a 33)]
[dir. de Paulo da Costa Domingos]
edição fac-similada de apenas 50 exemplares encadernados em pele-de-diabo [3.ª edição]
colecção completa (33 folhas, capas originais, prefácio de Maio de 1995, historial das três tiragens, sumário descritivo de todas as colaborações)
218 mm x 156 mm
158 págs. + folhas de guarda
capa pintada à mão por Vera Pinto
acabamentos gráficos de vpcd sobre grafismo original de pcd
EXEMPLAR COM DEDICATÓRIA DO EDITOR AO POETA SURREALISTA ANTÓNIO JOSÉ FORTE:
«Para o comandante da luta nesta girândola implacável a saudação desesperada do | paulo da costa domingos | maio | 1995»

550,00 eur (IVA e portes incluídos)

Trata-se da reedição comemorativa dos quinze anos do periódico que, na editora frenesi, antecedeu o início da publicação de livros. Periódico cuja importância se deverá nomeadamente à divulgação em primeira mão – estava-se no início da década de 80 – de autores traduzidos que vieram a ser ensaios de furo comercial nas mãos de editores para isso vocacionados, a saber, alguns apenas a título de boa memória: William S. Burroughs, Jim Morrison, Patti Smith, Tom Waits, Charles Bukowski, Jacques Rigaut, Tom Wolfe, Groucho Marx, Donald Barthelme.
Entre os autores portugueses encontrava-se o embrião poético do que veio a ser o “grupo frenesi”: Jorge Fallorca, Levi Condinho, Celeste Viriato, Rui Baião. Duas curiosidades: tanto Luísa Costa Gomes como António S. Ribeiro aí se estrearam.
O presente exemplar pertenceu a António José Forte.

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