AUGUSTO FUSCHINI
Lisboa, 1896
Companhia Typographica
1.ª edição
24 cm x 16,3 cm
XVI págs. + 352 págs. + 84 págs.
subtítulo: Fragmentos
de Memorias
exemplar manuseado mas aceitável, restauro e falhas de papel
na lombada; miolo limpo
valorizado pela dedicatória manuscrita do Autor a Luís
Augusto Leitão [tenente do Estado Maior de Engenharia]
75,00 eur (IVA e portes incluídos)
Diz-nos a dado passo Fuschini:
«[...] Considerando os problemas economicos como bases das
modernas sociedades, pertenço á eschola socialista, que, em beneficio do maior
numero, ao menos, pretende resolvel-os pela evolução serena e scientifica.
Assim, é meu dever explicar as circumstancias da politica
nacional, que poderam, no curto ministerio de 1893, approximar-me de homens,
cujas doutrinas se haviam manifestado, e se patenteiam ainda hoje, radicalmente
oppostas ás minhas opiniões.
Depois, contra a minha pessoa moral commetteu-se, com
aleivosia e premeditação, uma tentativa de assassinio politico, tanto mais
aggravante, quanto pretende encerrar bruscamente dezenas d’annos de trabalhos
parlamentares, em que sacrifiquei o tempo e, talvez, os interesses sagrados dos
que me são caros, em serviços desinteressados ao meu paiz. [...]»
No que se refere aos «vermelhos», Fuschini dá-nos notícia da
reorganização do Partido Republicano em torno de José Falcão, que será autor do
respectivo manifesto de 1892. Ele, por seu turno, apesar do confesso “socialismo”
utópico, está com os monárquicos do Partido Regenerador num momento em que João
Franco e Hintze Ribeiro tentavam encobrir a bancarrota.
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