sexta-feira, maio 16, 2014

Trilogia Lusitana [junto com] Cavaleiro Andante




ALMEIDA FARIA
ilustrações de Mário Botas

Lisboa, 1982 e 1983
Imprensa Nacional – Casa da Moeda
2.ª edição e 1.ª edição
2 volumes (completo)
24,2 cm x 15,3 cm
[408 págs. + 3 folhas em extra-texto] + [248 págs. + 1 folha em extra-texto]
capas impressas a duas cores reproduzindo nas costas fotografias do Autor por Isolde Ohlbaum, sendo a do segundo volume revestida por sobrecapa reproduzindo o desenho do extra-texto mas com uma paleta de cores estranhamente (?!) diferente
exemplares muito estimados; miolo limpo
valorizados pelas dedicatórias manuscritas do Autor
70,00 eur (IVA e portes incluídos)

Trata-se de uma tetralogia que acabou desdobrada em trilogia mais um romance autonomizado em volume. Da trilogia conheciam-se igualmente edições próprias para A Paixão (1965), Cortes (1978) e Lusitânia (1980). Sintetiza Luís Carmelo (ver Projecto Vercial):
«[...] O leitmotiv ficcional de toda a trama é delimitado por um núcleo doméstico, uma casa fechada sobre si própria numa vila rural, habitada por grandes proprietários alentejanos. A domus escolhida reflecte uma tradição que se esvai rapidamente, dominada que é por claros sinais de degenerescência de um determinado ciclo de poder. Ao fim e ao cabo, esse ciclo não é apenas rural e, ao longo da Tetralogia, a ideia de ruptura e de corte expandir-se-á a nível de todo o país, nomeadamente na crise aberta pelo legado colonial, nas várias lucubrações geracionais, na hipertrofia do passado, enfim, no sonho que sucede à repetição ritual do quotidiano irremissível. Este desafio que a Tetralogia tenta pôr a nu assume sobretudo a natureza de uma desagregação, ou do percurso de um itinerário limiar onde, ao mesmo tempo que a grande casa inicial definha e se esvai, o espaço-tempo romanesco se amplia. Deste modo, os personagens divergem, cruzam países, continentes, alteridades quase irredutíveis, de tal modo que, no palco final da Tetralogia, pouco mais emergirá que o perfil gasto de Lusitânia, uma terra inteiramente à deriva e a braços com o secreto imobilismo de séculos. [...]»

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