LAURO ANTÓNIO
Lisboa, 1970
Publicações Dom Quixote
1.ª edição
18,3 cm x 11,2 cm
272 págs. + 6 págs. em extra-texto
exemplar estimado, sem sinais de quebra na lombada; miolo
limpo
assinatura de posse no ante-rosto
17,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Resume este livro o que foi a temporada de exibição
comercial cinematográfica no país durante o ano de 1968, que o crítico Lauro
António põe pelas ruas da amargura:
«[...] Continuamos sem ver o cinema que se faz por esse
mundo fora. Bellochio, Godard, Forman, Saura, Rivette, Straub, Pasolini,
Bertolluci, Ruy Guerra, Glauber Rocha e outros (que são homens que nestes anos
de fim de década de 60 inventam o cinema do futuro), esses não os vimos ainda.
O que por aqui passou, as mais das vezes amputado, nada mais foi do que (com
algumas excepções honrosas) produtos melhor ou pior acabados de um cinema
comercial ou comercializável. E, no entanto, entraram no nosso país 341 novos
filmes [...].»
E apesar do triste panorama, tiveram os portugueses a oportunidade
de ver uns bocados – o que sobrou após os cortes da censura – de pepitas
incontornáveis, como seja Blow Up de
Antonioni, 2001: Odisseia no Espaço
de Kubrick, Laços Eternos de Delvaux,
Play Time de Tati, e, entre as
reposições, Anatomia de um Crime de
Preminger, Johnny Guitar de Nicholas
Ray e Esplendor na Relva de Kazan.