CONDE DA ERICEIRA [FRANCISCO
XAVIER DE MENEZES]
s.l. [Lisboa], 1721
s.i. [Academia Real da História Portuguesa]
1.ª edição
32,6 cm x 22,9 cm
46 págs. (não num.)
capa primitiva espelhada sobre encadernação recente, são
visíveis resquícios da gravação original a ouro
por aparar, folhas-de-guarda de origem
exemplar estimado; miolo limpo, papel sonante com boas margens,
restauros discretos em ocasionais vestígios de xilófago
assinatura de posse antiga do Conde de Caparica
85,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Diz-nos Inocêncio Francisco da Silva (Diccionario Bibliographico Portuguez, tomo III, Imprensa Nacional,
Lisboa, 1859):
«D. Francisco Xavier de Menezes, 4.º Conde da Ericeira (e
não terceiro, como por um dos seus costumados descuidos escreveu José Maria da
Costa e Silva no Ensaio Biog. Crit.
[...]) e Senhor da casa do Louriçal, Commendador de varias Ordens, Deputado da
Junta dos Tres Estados, Conselheiro de guerra, Sargento-mór de batalha, Mestre
de Campo general, Academico e Director da Acad. R. da Hist. Portugueza, Socio
da Sociedade Real de Londres, da Arcadia de Roma, da Acad. Portugueza e Latina,
Presidente da dos Generosos, etc., etc. – N. em Lisboa a 29 de Janeiro de 1673,
sendo filho de D. Luiz de Menezes [...], 3.º conde da Ericeira, e da condessa
D. Joanna Josepha de Menezes [...]. Passou no estado de total cegueira os
ultimos annos de sua vida, e m. a 21 de Dezembro de 1743. [...]
Entre a vastíssima oferta de obras que escreveu, conta-se o
poema heróico Henriqueida, do mesmo
ano que o vertente panegírico, acerca do qual Inocêncio dá a seguinte notícia
(ibidem):
«[...] O poema, considerado litterariamente, é obra de
merito mediocre, na opinião dos criticos, apezar da summa diligencia com que o
auctor pretendeu reduzi-lo ás regras e preceitos epicos, de que era perfeito
sabedor. O que lhe faltava unicamente era genio e gosto. Entretanto, ninguem
negará que a linguagem é pura e correcta, como o são todas as obras do conde,
que foi de certo um dos melhores escriptores do seu tempo. [...]
Poucos homens gosaram no seu tempo de maior reputação
litteraria que este conde da Ericeira: o que não obstou a que o critico Luis
Antonio Verney fizesse d’elle em 1746 o juizo seguinte, que talvez se não affasta
muito da verdade: “Era homem erudito, mas ignorava totalmente aquillo a que
chamam modo, methodo e criterio. Com tanto que falasse muito, não lhe importava
se dizia bem. Para ostentar o que sabia, carregava as suas pinturas com tantos
ornamentos, e doutrina, que chegavam a parecer ridiculas.” [...].»
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