[ANÓNIMO]
s.l. [Lisboa], Março de 1966
s.i.
[1.ª edição]
20,5 cm x 14 cm
40 págs.
subtítulo: Amnistia
para os estudantes expulsos
acabamento com um ponto em arame
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
peça de colecção
30,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Assim abre o protesto dos estudantes ao então ministro da
Educação, Inocêncio Galvão Teles:
«É num momento grave da vida da Universidade que são
castigados, duma assentada, 181 estudantes; – não fora a anterior e comprovada
crise universitária, bastaria este facto para mostrar aos cépticos – ou aos
demasiado convencidos – que alguma coisa está mal na Universidade Portuguesa.
Os 181 estudantes agora punidos, conscientes de que “algo vai mal”, trabalharam
para construir uma Universidade nova e melhor, uma Universidade capaz de servir
os que nela estudam e o País que a sustenta.
Esta carta tem por fim único permitir à Universidade – aos
Universitários – e ao País, chegar a uma conclusão sobre a crise universitária
portuguesa, sobre o que é que está mal numa Universidade que castiga 181 dos
seus alunos; numa Universidade que em vez de formar quadros os impede de se
formarem. [...]
Desde há alguns anos para cá, o Governo tem encarado a
Universidade e as Associações de Estudantes como inimigos que é necessário
combater a todo o transe e até à exaustão. [...]
Não se pense porém que as A. E. – e os estudantes – são as
únicas vítimas da repressão: desde 1933 até 1965 foram expulsos da Universidade
Portuguesa – e sempre por órgãos extra-universitários, cerca de 40 professores
entre os quais nomes prestigiosos da Ciência e da Cultura portuguesa como Egas
Moniz (Prémio Nobel), Bento Caraça, Pulido Valente, Fernando da Fonseca, Manuel
Valadares, Rodrigues Lapa, Magalhães Vilhena, Magalhães Godinho [...].»
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