THOMAZ DA FONSECA
Famalicão, 1903
Typographia Minerva
1.ª edição
18,9 cm x 12,1 cm
108 págs.
exemplar estimado; miolo limpo
22,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Ao que parece, para Tomás da Fonseca o tabaco, fonte de
degradação e miséria sociais, emparceiraria mesmo com altos tóxicos como, por
exemplo, o ópio. Num breve “estudo”, mais moralista do que científico, condena
ele o seu consumo:
«[...] Um dos seus primeiros efeitos é a perda da memoria.
Depois vem as vertigens, tremuras e diversas nevralgias.
Se se faz uso do cachimbo a boca inflama-se, os dentes
tornam-se amarelos, sujos, cariados, e a faringe irrita-se passando á
inflamação cronica.
E com o abuso, que principia logo que se fuma a serio e por
paixão, estes males aumentam e o fumador vae sentindo cada vez mais o incommodo
da vida, até que um dia se sente roubado no seu bom-senso ou morre sem aquela
consolação de que nos fala Cicero, ao fechar o ultimo dia d’um mortal pela
evocação d’uma bela vida.
O caso mais comum é o da loucura. Todos os alienistas
afirmam que o maior contingente dos hospitaes é dado pelos fumadores. [...]»
Profere até, do sério das suas longas barbas, que «Os povos
que mais fumam são tambem os povos que mais bebem» (?!).
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