JOSÉ DE
ALMADA-NEGREIROS
Lisboa, Maio, Junho e Julho de 1959
Tempo Presente – Revista Portuguesa de Cultura (ed. José
Maria Alves)
1.ª edição
apenas os 3 fascículos da revista que incluem a peça teatral
de Almada
230 mm x 161 mm (fascículos) / 241 mm x 165 mm (estojo)
116 págs. + 100 págs. + 100 págs.
subtítulo: Espectáculo
em 3 actos e 7 quadros
ilustrado
exemplares estimados; miolo irrepreensível
acondicionados em estojo artístico de manufactura recente
peça de colecção
135,00 eur (IVA e
portes incluídos)
O texto de Almada encontra-se impresso sobre papel azul,
situando-se entre as págs. 65-80 do n.º 1, as págs. 61-72 do n.º 2, e as págs.
57-68 do n.º 3. Vítor Pavão dos Santos alude às circunstâncias que envolveram a
criação e, muito mais tarde, a edição da vertente obra teatral (ver Almada
[catálogo], Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1984):
«[...] foi lá [em Madrid], estimulado talvez por um clima de
intensa criatividade, que escreveu o seu melhor teatro, e em espanhol, segundo
conta, para ali ser levado à cena. Trata-se fundamentalmente do tríptico El uno, tragedia de la unidad,
constituído por Deseja-se mulher
(1927-1928), em que procura apresentar “o indivíduo separado da colectividade,
a pessoa humana diante de um caso pessoal”, e S.O.S. (1928-1929), que mostra “a colectividade sofrendo o
inevitável atrito de cada um dos seus indivíduos”.
Teatro dito de comunicação imediata, Deseja-se mulher, que Almada viria a considerar “o meu melhor
exemplo”, “onde toda a acção está constantemente negada”, é o seu melhor texto
teatral, fluindo numa linguagem viva e nova, poética e misteriosa, coloquial e
apaixonante, onde solidão e amor, simbolizados na fórmula 1 + 1 = 1, se rodeiam
de certo humor, por vezes pitoresco, criando um clima moderno, modernista até,
mas sempre forte e nunca gratuito.
Publicada em 1959, com belos e depurados apontamentos para a
cenografia, a peça só foi representada em 1963, numa encenação de Fernando
Amado, com os elementos cénicos de Almada transpostos pesadamente para o palco
por Vitor Silva Tavares, na Casa da Comédia, onde a peça voltaria, em 1972, em
encenação imaginativa de Fernanda Lapa – que fora a “Vampa” na criação –
desenhada por Carlos Amado. [...]»
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