VITORINO NEMÉSIO
Lisboa, 1972
Editorial Estúdios Cor, S.A.R.L.
1.ª edição
188 mm x 202 mm (oblongo) + Ø 17,5 cm
132 págs. + 1 disco de vinyl (45 r.p.m.)
capa impressa a duas cores e relevo seco
exemplar estimado; miolo irrepreensível; disco como novo
peça de colecção
120,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Diz-nos a ensaísta Maria Lúcia Lepecki, referindo-se a esta
obra-prima de Nemésio:
«[...] em Limite de
Idade ocorre o sistemático emprego de uma imagística que, por si só, define
o tempo da personagem lírica como integrador do momento cultural (artístico,
científico e tecnológico) e civilizacional em que vive o Poeta. Tempo das
descobertas científicas que se atropelam umas às outras, tempo da dissecação
laboratorial do homem, tempo da Adenina e da Timina que constroem, muitas vezes
destroçando, e da força atómica que gera energia mas produz o cogumelo
apocalíptico. [...]
No tempo recriado em Limite
de Idade, o homem limita-se a ser aquilo que o fazem. Mas é aí que ele se
transcende. Abrem-se-lhe perspectivas de especulação, possibilita-se a
interrogação até às (por enquanto) últimas consequências. Limitam-se as
realizações pessoais, ilimita-se a angústia. Ao lado do desespero, cresce a
lucidez de ver, sentir, saber. Nasce a profunda ternura pelo homem perdido nos
corredores de um mundo que, à força de conhecido, de
experimental-experimentado, se torna, por inerente absurdo, incontrolável,
indomável, omnipotente. [...]» (In Críticas
Sobre Vitorino Nemésio, Livraria Bertrand, Lisboa, Março de 1974)
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