URBANO TAVARES
RODRIGUES
capa de Henrique Ruivo
Amadora, 1977
Livraria Bertrand, S. A. R. L.
1.ª edição
19,1 cm x 12 cm
168 págs.
exemplar estimado, com um vinco na capa; miolo limpo
valorizado pela assinatura do Autor no ante-rosto
25,00 eur (IVA e portes já incluídos)
Eduardo Lourenço foi um dos muitos intelectuais, desde
sempre, a render-lhe homenagem sem rebuço:
«Ninguém na nossa geração escreveu mais à flor do tempo do
que Urbano Tavares Rodrigues. (...) Não houve metamorfose da sensibilidade
ocidental dos últimos trinta anos, ética, artística, ideológica, curiosidade
real ou suporte que não tivesse encontrado eco fascinado, espasmódico ou aflito
no homem de espírito romântico e romanesco que é Urbano Tavares Rodrigues.
(...)
A um público que nos anos cinquenta das suas novelas
cosmopolitas não saía de casa senão para voltar excitado às doçuras arcaicas de
um mundo estofado em pele maternal, Urbano comunicou o frisson nouveau de visões, experiências, encontros, notícias,
sonhos (...). Com o mesmo fervor e exaltação, com a mesma equívoca fascinação
com que se moveu nas atmosferas onde a pulsão de morte se oferece os
refinamentos do desejo ou dos seus simulacros, Urbano Tavares Rodrigues se fará
em casa, na plácida e silenciosa casa portuguesa dos anos sessenta, o novelista
da subversão nocturna, da revolução marginal (...).» (Fonte: Urbano Tavares Rodrigues – 50 Anos de Vida
Literária, aa.vv., Edições Asa, Porto, 2003)