VERGÍLIO FERREIRA
capa de João da Câmara Leme
Lisboa, 1963
Portugália Editora
1.ª edição
19,2 cm x 13,4 cm
280 págs.
exemplar estimado; miolo limpo, por abrir
55,00 eur (IVA e portes incluídos)
Do notável Posfácio do autor:
«[...] E eis que a arte conquista assim, no mundo de hoje, uma necessidade imprevista, uma virulência única. Por sobre todos os terrorismos, no silêncio final de cada hora que nos espera a todos, se nos não esquecemos, ela ergue a sua voz da vitória de nós próprios, da vitória da verdade que os “astros” para nós “conjugaram”, da iluminação da certeza que nenhuma estratégia pode disfarçar. Mundo da liberdade, porque da criação, da autenticidade, mundo da evidência, porque da convicção, mundo da conquista, porque da invenção das origens – ela revela-se ainda, quantas vezes na dor, o mundo da moralidade, ou da santidade, porque da assunção iluminada de nós próprios, e dos graves riscos disso. Que a arte seja para o artista um “ponto de chegada” [...], e um “ponto de partida” quando muito para os outros – é uma questão que fica à margem da própria arte. Que um homem actue depois de ver, é um problema do homem, não um impedimento da arte. E no entanto, sim, alguma coisa na arte se transcende do imediato para lhe descobrir a verdade primeira e para assumir esse imediato no que lhe é humano. Um crime em arte não é menos crime. Somente pode acontecer, sim, que deixe aí de nos falar ao ódio, para nos falar ao remorso e à piedade; somente pode acontecer que em vez de odiarmos aí os homens, tenhamos pena do Homem. Mas será então longa a distância que vai da arte à justiça, ao amor, à fraternidade? Se o fosse, seria fácil construir uma grande obra de arte sobre a injustiça. Mas ninguém a construiu ainda – alguém já no-lo lembrou...»
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