ANTÓNIO DE SPÍNOLA
capa de José Antunes
Lisboa, 1976
Ática, S.A.R.L. / Livraria Bertrand, S.A.R.L.
1.ª edição
219 mm x 147 mm
472 págs.
exemplar estimado, capa um pouco suja; miolo irrepreensível
30,00 eur (IVA e
portes incluídos)
O volume abrange o período em que Spínola foi Presidente da
República e, finalmente, tudo quanto ele foi dizendo em entrevistas, por esse
mundo fora, após a sua fuga de Portugal. Pode colher-se lição histórica no
seguinte parágrafo de Luís Nuno Rodrigues («António
de Spínola no exílio: a estadia no Brasil», Scielo [pág. electrónica],
Brasil, 2014):
«[...] O clima de
crescente tensão conheceu vários momentos decisivos que culminaram na demissão
de António de Spínola do cargo de Presidente da República, a 30 de setembro de
1974. A sua renúncia, porém, não implicou o afastamento da vida política e
militar portuguesa. Nos meses que se seguiram, o general manteve intensos
contatos com personalidades políticas e militares, procurando manter em aberto
duas possibilidades para o seu regresso à ribalta: por um lado, uma via
legalista, pela qual tentava posicionar-se como um eventual candidato à
Presidência da República, apoiado pelos partidos à direita do Partido Comunista
Português; por outro, uma via “golpista”, com aposta nos apoios que conseguia
ainda concitar no interior das Forças Armadas. Gradualmente, porém, Spínola
mostrou-se descrente da estratégia legalista, aproximando-se, pelo contrário,
dos sectores mais radicais que defendiam o recurso ao golpe de Estado para inverter
a situação política em Portugal e que apostavam na figura do general para a
liderança desse processo. Na noite de 10 para 11 de março de 1975, Spínola
deslocou-se para a Base Aérea de Tancos, a partir da qual foi posto em marcha
um golpe de Estado militar. Como é sabido, porém, a operação resultou num
rotundo fracasso, e o “11 de março” contou com a oposição pronta das unidades
militares e das forças políticas e sociais que se obstavam a Spínola. Este se
viu obrigado a fugir de helicóptero para a Espanha, onde se refugiou durante
alguns dias, e depois seguiu para o Brasil. [...]»