terça-feira, agosto 01, 2017

Ao Serviço de Portugal


ANTÓNIO DE SPÍNOLA
capa de José Antunes

Lisboa, 1976
Ática, S.A.R.L. / Livraria Bertrand, S.A.R.L.
1.ª edição
219 mm x 147 mm
472 págs.
exemplar estimado, capa um pouco suja; miolo irrepreensível
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

O volume abrange o período em que Spínola foi Presidente da República e, finalmente, tudo quanto ele foi dizendo em entrevistas, por esse mundo fora, após a sua fuga de Portugal. Pode colher-se lição histórica no seguinte parágrafo de Luís Nuno Rodrigues («António de Spínola no exílio: a estadia no Brasil», Scielo [pág. electrónica], Brasil, 2014):
«[...] O clima de crescente tensão conheceu vários momentos decisivos que culminaram na demissão de António de Spínola do cargo de Presidente da República, a 30 de setembro de 1974. A sua renúncia, porém, não implicou o afastamento da vida política e militar portuguesa. Nos meses que se seguiram, o general manteve intensos contatos com personalidades políticas e militares, procurando manter em aberto duas possibilidades para o seu regresso à ribalta: por um lado, uma via legalista, pela qual tentava posicionar-se como um eventual candidato à Presidência da República, apoiado pelos partidos à direita do Partido Comunista Português; por outro, uma via “golpista”, com aposta nos apoios que conseguia ainda concitar no interior das Forças Armadas. Gradualmente, porém, Spínola mostrou-se descrente da estratégia legalista, aproximando-se, pelo contrário, dos sectores mais radicais que defendiam o recurso ao golpe de Estado para inverter a situação política em Portugal e que apostavam na figura do general para a liderança desse processo. Na noite de 10 para 11 de março de 1975, Spínola deslocou-se para a Base Aérea de Tancos, a partir da qual foi posto em marcha um golpe de Estado militar. Como é sabido, porém, a operação resultou num rotundo fracasso, e o “11 de março” contou com a oposição pronta das unidades militares e das forças políticas e sociais que se obstavam a Spínola. Este se viu obrigado a fugir de helicóptero para a Espanha, onde se refugiou durante alguns dias, e depois seguiu para o Brasil. [...]»

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