[PEDRO JOSÉ DA
FONSECA]
Lisboa, 1777
Na Regia Officina Typografica
1.ª edição
inclui as duas partes enc. em 1 vol. (num. contínua)
15,2 cm x 10,4 cm
8 págs. + 264 págs.
encadernação coeva inteira em pele, gravação a ouro na
lombada, rótulo vermelho e nervuras pontilhadas a ouro
muito pouco aparado
exemplar em bom estado de conservação; miolo limpo, papel
sonante
assinatura de posse no
frontispício, interessantes anotações marginais nas págs. 41, 90 e 92
90,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Diz-nos
Incêncio Francisco da Silva no seu Diccionario
Bibliographico Portuguez (tomo VI, Imprensa Nacional, Lisboa, 1862):
«Pedro José da Fonseca, Professor regio de Rhetorica e Poetica
em Lisboa nomeado em 1759, e transferido annos depois para o exercicio da mesma
cadeira no Collegio Real de Nobres, onde serviu, até que em attenção á sua
edade e molestias lhe foi concedida a jubilação em 1804, pouco mais ou menos.
Como Socio fundador da Academia Real das Sciencias de Lisboa, confirmada por
aviso regio de 24 de Dezembro de 1779, assistiu já na qualidade de effectivo da
classe de Litteratura á primeira sessão que a Academia teve em 16 de Janeiro de
1780. Foi eleito Director da typographia da mesma Academia, e tambem Director
da commissão encarregada em 28 de Junho de 1780 da composição do Diccionario da lingua portugueza. Passou
a Socio veterano em 27 de Março de 1790.
Os unicos esclarecimentos biographicos, que até agora
existem impressos ácerca d’este laborioso professor e distinctissimo philologo,
constam de um folheto que pouco tempo depois da sua morte se publicou com o
titulo: Agradecimento de um homem á
memoria de outro homem virtuoso, sabio e philosopho. [...] Foi escripto
pelo honrado velho Francisco Coelho de Figueiredo [...]. Por elle consta, que
Pedro José da Fonseca, natural de Lisboa, nascêra em 1734 (Esta data é, quanto
eu posso julgar, duvidosa, pois que o proprio Fonseca em uma de suas obras diz
de si, que contava 22 annos no de 1759; e n’esse caso devemol‑o crer nascido em
1737.) Ahi se declara que falecêra a 7 de Julho de 1816 (data que tambem não
concorda com os assentos existentes na Academia; segundo elles, m. a 8 de Junho
do dito anno).
Mal remunerado de suas tão longas quão valiosas fadigas
litterarias, passou Fonseca a ultima quadra da vida em estado que muito se approximava
de verdadeira miseria. Uma orphã, que seus paes haviam recolhido em casa desde
menina, e duas sobrinhas d’esta, serviram de amparo e abrigo ao respeitavel ancião,
em cuja companhia viviam, tirando dos escassos lucros dos trabalhos feminis com
que alimental‑o nos seus ultimos annos. Seus consocios da Academia algum
beneficio lhe prestaram, fazendo que a expensas do cofre do estabelecimento se
lhe comprassem em 1813 os seus manuscriptos [...].»
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