sábado, maio 04, 2019

Irreverência


HENRIQUE GALVÃO
capa de [José de] Moura

Lisboa, 1946
Livraria Popular de Francisco Franco
1.ª edição
194 mm x 146 mm
248 págs.
subtítulo: Notas à Margem da Política e dos Costumes
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
30,00 eur (IVA e portes incluídos)

Figura controversa da resistência ao regime de Salazar, o capitão Henrique Galvão, que se notabilizou pelo humilhante assalto ao navio Santa Maria – ele, que nunca foi propriamente um antifascista!, e nem sequer um crítico da consolidação da ditadura do Estado Novo... –, chega à cultura hodierna por via do registo romanesco enquanto explorador-naturalista nas selvas africanas, no género safari do branco com a sua corte de carregadores negros. Galvão, não só foi até à década de 1950 um defensor acérrimo das maiores ignomínias perpetradas pelo seu amigo Salazar contra os povos do continente e das colónias, como já antes havia sido preclaro apoiante do ditador Sidónio Pais. E como tal lhe foram sempre confiadas posições de chefia em cargos estruturantes para o regime fascista, a saber: comissário-geral da Exposição Colonial Portuguesa, director da Emissora Nacional, governador provincial em Angola, etc.
O vertente livro reúne um vasto leque de artigos de opinião, antes vindos a lume na imprensa periódica, em que podemos apreciar exactamente a visão do mundo que o irredutível militar de carreira sempre teve.

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