HENRIQUE GALVÃO
Lisboa, s.d. [Verão de 1939]
Edições SPN
1.ª edição
20 cm x 14,8 cm
56 págs.
acabamento com um ponto em arame
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
25,00 eur (IVA e
portes incluídos)
De forma muito resumida, faz Galvão o inventário da
administração colonial, quer do território, quer da população, quer das
riquezas disponíveis, as naturais e as indústrias criadas pelo homem. Galvão
ainda era, então, um agente do Estado Novo, ainda não tinha entrado em rota de
colisão com Salazar. O fomento económico é uma das suas preocupações, e ele
deixa deste a caracterização necessária, ou (conforme o ponto de vista) o
apontamento daquilo que pode ser considerado como a maior debilidade de
Portugal perante a imensidão de território que teve que administrar:
«[...] O critério português em matéria de apetrechamento
económico das colónias não se filia no mesmo espírito que nos últimos anos
elaborou grandes planos (aliás irrealizados ou inacabados) de valorização
maciça dos territórios coloniais [...].
A forma da nossa política de apetrechamento não está na
intensidade ou grandeza com que se ocuparam os pontos estratégicos da economia
de cada colónia, mas sim na qualidade e na extensão da ocupação.
Desta forma não construiremos cidades grandiosas, nem portos
ultra-perfeitos, nem sociedades cosmopolitas – mas construiremos uma ocupação
densa, de malhas apertadas, homogénea, capaz de abranger todos os territórios e
de levar os agentes portugueses de civilização dos povos nativos a tôda a parte
[...].»
Mas, de facto, os únicos “agentes de civilização dos povos nativos” que Salazar conseguiu
insinuar por toda a parte, foram os agentes policiais e militares, as sombras à
escuta da vida pública e da vida privada... O que nem lhe serviu para evitar o
curso natural da libertação dos povos!
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