dir. Fred Pinheiro e Fernando Ferreira [de Loanda]
Penha (Brasil), Outono de 1952
n.º 8 (somente este fascículo)
18,6 cm x 13,8 cm
68 págs. + 6 págs. em extra-texto
ilustrado
exemplar estimado, restauro na lombada; miolo limpo
17,00 eur (IVA e portes
incluídos)
Volume deste periódico modernista
brasileiro, com representação de dois dos melhores escritores portugueses, à
época, embora a sua actividade estética esteja completamente fora do espírito
de um modernismo que, em Portugal, se fazia representar por nomes fortes como
Fernando Pessoa, ou Almada Negreiros, ou Mário de Sá-Carneiro... Assim: tanto Miguel
Torga como Branquinho da Fonseca (ilust. Bernardo Marques) alinhavam pelo
diapasão contra-modernista do grupo croimbrão da presença. No caso de
Torga, o que aqui figura nem é obra literária, mas o seu discurso lido na
Bélgica, nesse ano, nos Encontros Europeus de Poesia. Todavia, já a colaboração
de Branquinho da Fonseca, com o conto «Maresia», anteriormente publicado
na revista Litoral em 1944, nos surge como «[…] um bom exemplo da
fluidez de contornos da identidade literária de António Madeira [pseud. B. F.],
pois o conto é um texto que, com algumas modificações, constituirá uma parte
essencial do capítulo décimo de Mar Santo, livro publicado por
Branquinho da Fonseca em 1952, mas cujo primeiro manuscrito é finalizado em
1947, tendo havido antes um aturado trabalho de pesquisa na Nazaré, entre 1937
e 1940.» [Fonte: António Manuel dos Santos Ferreira, A Narrativa de
Branquinho da Fonseca: Os Lugares do Conto, Universidade de Aveiro, 2000]