domingo, outubro 20, 2019

Orfeu



dir. Fred Pinheiro e Fernando Ferreira [de Loanda]
Penha (Brasil), Outono de 1952
n.º 8 (somente este fascículo)
18,6 cm x 13,8 cm
68 págs. + 6 págs. em extra-texto
ilustrado
exemplar estimado, restauro na lombada; miolo limpo
17,00 eur (IVA e portes incluídos)

Volume deste periódico modernista brasileiro, com representação de dois dos melhores escritores portugueses, à época, embora a sua actividade estética esteja completamente fora do espírito de um modernismo que, em Portugal, se fazia representar por nomes fortes como Fernando Pessoa, ou Almada Negreiros, ou Mário de Sá-Carneiro... Assim: tanto Miguel Torga como Branquinho da Fonseca (ilust. Bernardo Marques) alinhavam pelo diapasão contra-modernista do grupo croimbrão da presença. No caso de Torga, o que aqui figura nem é obra literária, mas o seu discurso lido na Bélgica, nesse ano, nos Encontros Europeus de Poesia. Todavia, já a colaboração de Branquinho da Fonseca, com o conto «Maresia», anteriormente publicado na revista Litoral em 1944, nos surge como «[…] um bom exemplo da fluidez de contornos da identidade literária de António Madeira [pseud. B. F.], pois o conto é um texto que, com algumas modificações, constituirá uma parte essencial do capítulo décimo de Mar Santo, livro publicado por Branquinho da Fonseca em 1952, mas cujo primeiro manuscrito é finalizado em 1947, tendo havido antes um aturado trabalho de pesquisa na Nazaré, entre 1937 e 1940.» [Fonte: António Manuel dos Santos Ferreira, A Narrativa de Branquinho da Fonseca: Os Lugares do Conto, Universidade de Aveiro, 2000]

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