FREI GIL D’ALCOBAÇA
Camilo Castelo Branco
Lisboa, Agosto de 1945 a [Junho (?) de] 1946
Livraria Central de Gomes de Carvalho, Editor
1.ª edição [e 2.ª edição, o último opúsculo]
11 opúsculos, ou «consertos mensais» (completo)
20 cm x 13 cm (caixa)
[8 x 32 págs.] + 16 págs. + 24 págs. + 32 págs. + 1 folha-prospecto
(4 págs.)
exemplares em bom estado de conservação; miolo limpo
inclui prospecto publicitário com «referencias e criticas da
imprensa»
VALORIZADOS PELAS DEDICATÓRIAS MANUSCRITAS DO EDITOR GOMES
DE CARVALHO EM QUASE TODOS OS OPÚSCULOS
acondicionados em estojo próprio de fábrica recente
140,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Pseudónimo de João Paulo Veneno Freire (vd. Dicionário de Pseudónimos de Albino
Lapa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Lisboa, 1980), frei Gil segue a veia
satírica d’As Farpas (Ramalho / Eça)
e d’Os Gatos (Fialho). São preciosas
as notas que acerca de tudo e nada este jornalista vai traçando para a sua
época; ao acaso um exemplo do seu estilo:
«[...] Perquemos algumas linhas, que mais bem empregadas
seriam a tratar de coisas sérias, zargunchando, uma vez sem exemplo, certo
biltre que, como cachôrro vàdio, passou pelas “Gatas” e alçou a perna para o
esguicho do seu atavismo de lebreu que usa coleira e tem dono. Para que o
pontapé no focinho lhe seja mais contundente, ponhamos em confronto com a sua
prosa de lacaio [...]», etc., e segue verberando o “animal”... Da leitura, e
por analogia com os tempos actuais, se pressente que isto pouco mudou.