JUDITH TEIXEIRA
Lisboa, 1923
Imprensa Libanio da Silva
2.ª edição
352 mm x 250 mm
78 págs.
subtítulo: Poemas
impresso a duas cores directas sobre papel superior algodoado
encadernação recente inteira em seda vermelha com rótulo de pele gravado a ouro
na pasta anterior
não aparado
conserva as capas de brochura
com falta do cromo na capa anterior de brochura
exemplar muito estimado; miolo limpo
assinatura de posse no ante-rosto
210,00 eur (IVA e portes incluídos)
Livro cuja edição princeps foi apreendida e mandada destruir pelo
Governo Civil de Lisboa, na sequência de uma campanha contra os escritores «decadentes»,
pelo facto de a autora fazer a apologia da homossexualidade. De nome por extenso Judith dos Ramos Teixeira, tanto a sua apologia da homossexualidade como a da morfina obscureceram, aos olhos de contemporâneos e futuros leitores e “exegetas”, a doce natureza dos seus versos, ou, como diz o Dicionário Cronológico de Autores Portugueses (vol. III, Publicações Europa-América, Mem Martins, 1994): «[...] Os seus trabalhos literários surgem imbuídos de um dramatismo aliado a um frenesim pagão, numa escrita simultaneamente amorosa, sensual, narcisista e decadente, embora pouco cuidado ao nível formal. No conjunto da sua obra subjaz uma personalidade poética original, que a leva a ser considerada a nossa única poetisa “modernista”.»
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