PAULINO DE OLIVEIRA
pref. João de Castro Osório de Oliveira
s.l. [Lisboa], 1932
Edições «Descobrimento»
1.ª edição
199 mm x 133 mm
XVI págs. + 384 págs.
impresso sobre papel superior algodoado
exemplar estimado, capa suja; miolo limpo, por abrir
35,00 eur (IVA e portes incluídos)
«Paulino de Oliveira (1864-1914). Casado
com Ana de Castro Osório e pai dos escritores João de Castro Osório e José
Osório de Oliveira, exerceu actividade jornalística e dedicou-se à literatura
infantil e juvenil, em colaboração com a sua mulher. São de sua
autoria Contos e Fábulas (1908) e Os Nossos Amigos (1910).
Na sequência do falhanço da revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891,
exilou-se no Brasil, onde viria a falecer. A sua poesia foi reunida,
postumamente, pelo filho João de Castro Osório, num volume intitulado Poemas (1932).
Esta edição foi objecto de uma apreciação crítica de Fernando Pessoa, em carta
enviada àquele escritor e director da revista Descobrimento e
transcrita nas páginas desta, na secção de notas (número de Verão-Outono de
1932). Pessoa define Paulino de Oliveira como “um pagão verdadeiro, sanguíneo,
sentindo o paganismo vitalmente, vivendo-o no espírito, como qualquer pagão dos
tempos pagãos viveria”, mas aponta à sua poesia algumas imperfeições
resultantes do facto de ter nascido em Portugal, onde “com um século de má
cultura francesa a suceder a dois de má cultura latina, o ambiente mental não
podia ser, para um pagão nato, como ele, senão uma Inquisição por que ele não
deu” e da qual não se conseguiu libertar.»
(Manuela Parreira da Silva, in página electrónica Modern!smo – Arquivo Virtual
da Geração de Orpheu)
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