CAMPOS MONTEIRO
ROQUETE DE SEQUEIRA E COSTA
ARMANDO BOAVENTURA
a) Porto, s.d. [1924 ?]
Livraria Civilização – Editora de Americo Fraga Lamares & C.ª, Limitada
b) Lisboa, 1924
Livraria Pacheco – Depositaria
c) Lisboa, 1924
Casa Ventura Abrantes - Livraria Editora
1.ª edição (todos)
[192 mm x 123 mm] + [172 mm x 129 mm] + [196 mm x 135 mm]
260 págs. + 208 págs. + [192 págs. + 6 folhas em extra-texto]
terceiro volume ilustrado com caricaturas
subtítulos:
a)
História dos acontecimentos politicos em Portugal desde agosto de 1924 a novembro de 1926
b)
História dos acontecimentos politicos em Portugal, que se seguiram aos relatados no livro “Saude e Fraternidade (1926-1928)”c)
Réplica ao livro Saude e Fraternidade
: A Restauração da Monarquia em 1926 e o Imperio dos Altos Comissariosa) brochura; assinatura de posse na folha de rosto
b) encadernação antiga de amador, em tela e papel de fantasia; pouco aparado, sem capas de brochura
c) brochura
exemplares estimados; miolo limpo
75,00 eur (IVA e portes incluídos)
Género literário jocoso, de antecipação dos eventos históricos, que havia feito escola com
Lisboa no Ano Três Mil de Cândido de Figueiredo (1892), aqui – ironizando sob a divisa maçónica «saúde e fraternidade» – se antevêem dias em que o mesmo povo que desejou a «república radical» acaba por restaurar a monarquia...
De Campos Monteiro diz-nos o
Dicionário Cronológico de Autores Portugueses (vol. III, Publicações Europa-América, Mem Martins, 1994): «[...] Romancista e contista de inspiração transmontana, muito influenciado por Camilo, os seus livros foram êxito de livraria, com edições sucessivas. O enredo folhetinesco, as situações patéticas, o exagero das paixões, misturam-se a um catolicismo retrógrado e a uma intenção satírica. [...]»
Quanto ao livro de Roquete, o caso fia mais fino. A crítica, também satírica, ao reaccionarismo emergente aponta nomes e situações que conduzem ao baquear da casa real, «sem combate nem grandeza, ante a onda de indignação e do desprezo de todo um Povo», e à fuga do rei.