sábado, junho 26, 2021

Maomé e o Islamismo


SULEIMAN VALY MAMEDE

Braga, 1967
Editora Pax
1.ª edição
209 mm x 149 mm
80 págs.
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
27,00 eur (IVA e portes incluídos)

Interessante resumo da autoria do fundador e presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, que, apesar de reconhecida pelo Estado em 1968, nem por isso o moçambicano Suleiman Valy Mamede deixou de estar sob constante vigilância da PIDE, face ao seu posicionamento, desde a primeira hora, relativamente ao colonialismo. Diz-nos Mário Artur Machaqueiro (investigador antropólogo na Universidade Nova de Lisboa):
«[...] A reinvenção da Comunidade Islâmica de Lisboa é, pois, a da ruptura com o colonialismo e da adopção de um figurino pós-colonial em que o muçulmano deixa de ser percepcionado como “português ultramarino” para passar a assumir, numa primeira fase, o simples estatuto de “cidadão português” com uma religião distinta da dominante [a vertente brochura é muito clara neste aspecto]. Posteriormente, e dada a intensificação das migrações provenientes das ex-colónias, esse estatuto sofrerá ainda uma última revisão simbólica, num contexto em que o anterior “espaço português” de “aquém e de além-mar” se transforma em “espaço lusófono”. [...]»

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