SULEIMAN VALY MAMEDE
Braga, 1967
Editora Pax
1.ª edição
209 mm x 149 mm
80 págs.
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
27,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Interessante resumo da autoria do fundador e presidente da
Comunidade Islâmica de Lisboa, que, apesar de reconhecida pelo Estado em 1968,
nem por isso o moçambicano Suleiman Valy Mamede deixou de estar sob constante
vigilância da PIDE, face ao seu posicionamento, desde a primeira hora,
relativamente ao colonialismo. Diz-nos Mário Artur Machaqueiro (investigador
antropólogo na Universidade Nova de Lisboa):
«[...] A reinvenção da Comunidade Islâmica de Lisboa é,
pois, a da ruptura com o colonialismo e da adopção de um figurino pós-colonial
em que o muçulmano deixa de ser percepcionado como “português ultramarino” para
passar a assumir, numa primeira fase, o simples estatuto de “cidadão português”
com uma religião distinta da dominante [a vertente brochura é muito clara neste
aspecto]. Posteriormente, e dada a intensificação das migrações provenientes das
ex-colónias, esse estatuto sofrerá ainda uma última revisão simbólica, num
contexto em que o anterior “espaço português” de “aquém e de além-mar” se
transforma em “espaço lusófono”. [...]»