sexta-feira, junho 04, 2021

Oração á Luz


GUERRA JUNQUEIRO

Porto, 1904
Livraria Chardron de Lello & Irmão, Editores
[1.ª edição]
227 mm x 163 mm
32 págs.
exemplar estimado, capa oxidada e com restauro na lombada; miolo limpo
22,00 eur (IVA e portes incluídos)

Junqueiro, feito ainda em vida glória poética nacional por aqueles que de poética nada sabiam, foi um valor retórico que perdurou mesmo fora dos meios republicanos seus naturais. Não houve selecta escolar do Estado Novo, assim como entre os ensaístas menos oficiais, que não tenham exibido, sem engulhos, a moleirinha-toque-toque-toque. «Mas apesar destas limitações hoje evidentes» – diz a História da Literatura Portuguesa de António José Saraiva / Óscar Lopes –, «Junqueiro não teria conseguido identificar-se com tão vastas camadas da pequena burguesia, não teria exercido uma influência tão considerável, mesmo para além da sua época, se não dispusesse de certos meios extraordinários de expressão literária. Em primeiro lugar, o seu simplismo ideológico relaciona-se com uma flagrante visualidade de imagens: Junqueiro não pensa com finura, porque vê logo as ideias e sentimentos em alegoria ou imagem. [...] Por outro lado, a facilidade rítmica do verso junqueiriano colhe, nalguns poemas, certas tonalidades de emoção inapreensível para uma versificação menos espontânea [...]»

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