JORGE
AMADO
capa
de Clóvis Graciano
São
Paulo, 1946
Livraria
Martins Editôra
1.ª
edição
21,8
cm x 14,7 cm
320
págs.
encadernação
modesta de amador inteira em tela encerada com gravação a ouro na lombada
aparado,
conserva as capas de brochura
exemplar
muito estimado; miolo limpo
assinatura
de posse no frontispício
45,00
eur (IVA e portes incluídos)
Livro
ostensivamente proibido em Portugal. Dele nos diz a página electrónica da
Fundação Casa de Jorge Amado:
«O
Brasil entra em ritmo de “redemocratização”. De Assembléia Nacional
Constituinte. Em 1945, Jorge Amado é eleito deputado federal pelo Partido
Comunista Brasileiro (PCB), como representante de São Paulo. Em 1946, publica Seara vermelha. O livro traz uma
novidade geográfica ao conjunto da obra amadiana. Não se passa na Cidade da
Bahia e seu Recôncavo, nem à vista dos cacauais do eixo Ilhéus-Itabuna. E o
novo espaço geográfico é extraordinariamente amplo. Seara vermelha é a saga de uma família de retirantes compulsórios,
gente expulsa de terras nordestinas, que toma o rumo de São Paulo. A pé. A
viagem é um rol de aflições, de fome e de morte. Do grupo inicial de onze
retirantes, apenas quatro chegam a uma fazenda de café. Além disso, Jorge Amado
descreve as trajetórias de três filhos do casal de retirantes, que tinham
partido de casa antes dos pais: o soldado João, o jagunço Zé Trovoada e o cabo
Juvêncio, que serve na fronteira com a Colômbia, participa do levante comunista
de Natal (novembro de 1935), vai parar no presídio de Ilha Grande e, depois da
anistia, retoma os passos de sua vida militante.»