FERNANDO GUIMARÃES
nota de Óscar Lopes (badanas)
grafismo de Armando Alves
Porto, 1972
Editorial Inova
1.ª edição
19,5 cm x 13,8 cm
204 págs.
exemplar como novo
27,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Da nota de Óscar Lopes:
«[...] a linguagem não é absolutamente uma, e muito menos uma coisa
ao lado das coisas. [...] Qualquer fala se situa como resposta, qualquer frase
funciona como paráfrase de outra
frase: quem fala localiza sempre uma ilha, que se diz eu, ou nós, ou isto, ou aqui, ou assim, ou agora, no centro provisório de um
horizonte que, na sua máxima objectividade científica actual, nos aparece
balizado por um espaço métrico a 4 dimensões e por uma dada interdependência
histórica, e sujeita a crises, de forças produtivas e de relações de produção.
Cada texto, ou estilo, poético irrompe como uma das tais ilhas, constitui-se
como unidade de um sujeito que se não identifica como pura individualidade
biológica, psicológica, civil ou idiomática, porque tanto se diz eu como agora, tanto se diz aqui
como o nós implícito de dada classe
social em dado momento. E a crítica, ou hermenêutica, literária, para ser isso
e não poesia passada ao coador, é a paráfrase
dialéctica [...] de um texto poético resultante da tensão permanente entre
as evidências dessa subjectividade (as dos respectivos objectos intencionais) e as evidências da objectividade científica,
e ainda as da prática ideològicamente articulada, a que também ninguém foge.
[...]»
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