terça-feira, abril 09, 2024

Poesia



CRISTOVAM PAVIA
org., pref. e notas de António Luís Moita, António Osório, João Filipe Bugalho, José Bento e Pedro Tamen
[capa de Escada]

Lisboa, 1982
Moraes Editores
1.ª edição [como poesia reunida]
20,1 cm x 15,4 cm
224 págs.
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
VALORIZADO PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DE JOÃO FRANCISCO BUGALHO, IRMÃO DO POETA, A JOÃO MONTEZUMA DE CARVALHO QUE REGISTOU NA FOLHA-DE-ROSTO O ENDEREÇO E O REFERIDO PARENTESCO
40,00 eur (IVA e portes incluídos)

Cristovam Pavia, pseudónimo de Francisco António Lahmeyer Flores Bugalho (1933-1968), foi um poeta português, filho do também poeta Francisco Bugalho, oriundo de Castelo de Vide. Além deste pseudónimo, assinou composições sob os nomes Sisto Esfudo, Marcos Trigo e Dr. Geraldo Menezes da Cunha Ferreira. Dele nos fala o poeta José Bento:
«[...] A poesia de Cristovam Pavia é a de revelação de si próprio, duma personalidade em conflito com o mundo em que vive e que procura uma fuga pela recuperação da infância morta, pela aceitação do seu conhecer-se diferente e despojado do que lhe é mais caro (a infância, o amor, o espaço e o tempo em que ambos se situavam), a transformação do seu próprio ser pelo sofrimento, num movimento de ascese e de autodestruição, quando o poeta atinge a consciência de si próprio e da sua voz. Pode considerar-se a sua poesia uma continuação e uma superação do espírito da Presença, a que não podia deixar de sentir-se ligado por seu pai (o poeta Francisco Bugalho, que participou no movimento literário de que essa revista foi porta-voz), que sem dúvida foi o seu modelo enquanto vivo e, talvez mais ainda, depois da sua morte, pela aproximação que deve ter trazido a um espírito como o de Cristovam Pavia, porque a distância a que passou a situar-se deveria ser para ele a origem duma maneira diferente de o ver e recuperar. [...]»

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