sábado, abril 20, 2024

Correspondência

M. [MANUEL] TEIXEIRA-GOMES
org., pref. e notas de Castelo Branco Chaves


Lisboa, 1960
Portugália Editora, Limitada
1.ª edição
2 volumes (completo)
195 mm x 135 mm
[244 págs. + 4 folhas em extra-texto] + [240 págs. + 5 folhas em extra-texto]
subtítulo: Cartas para políticos e diplomatas
ilustrados
impressos sobre papel superior
exemplares estimados; miolo limpo
o vol. II é o n.º 29 de uma tiragem especial de apenas 100 exemplares
55,00 eur (IVA e portes incluídos)

Óscar Lopes / António José Saraiva (ver História da Literatura Portuguesa, 15.ª ed., Porto Editora, Porto, 1989) caracterizam-lhe o estilo:
«[...] O classicismo de Teixeira Gomes, como o de Manuel Bernardes, que tanto admirava, realiza-se ao nível da escolha vocabular e da frase, e prolonga por escrito um isolado e ausente “fruir sem exaltação”. Apesar da realidade vivida dos seus temas fragmentários, há neles uma gostosa transfiguração com encanto imaginativo, quer nos transmita notas de exotismo flamengo ou sevilhano, por exemplo, quer “o exotismo às avessas” do passado distante ou da terra pátria, vista de cor no exílio. [...] [S]ente-se uma emoção represa que se esconde atrás de requintes epicuristas, atrás de um amoralismo erótico e de desapiedadas farsas narrativas em tom quase fialhesco.
Teixeira Gomes representa o mais alto apuro diletante de um esteticismo cultivado por certo patriciado irreligioso, mas também antinaturalista, antivulgar, que na República pretende suprir a aristocracia deposta. [...]
A nota panteísta, esteticista ou pagã é, com efeito, ferida por vários escritores da geração republicana, em oposição ao tradicionalismo católico. [...]»

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