ANTONIO PEREIRA DE
FIGUEIREDO, padre
Lisboa, 1809
Na Impressão Regia
1.ª edição
bilingue (latim / português)
21,8 cm x 16,2 cm
56 págs. + 1 estampa em extra-texto
subtítulo: Agora
novamente accrescentada com o auto do juramento do mesmo rei em latim e
portuguez, e com varias annotações e authoridades, que devem persuadir, e
convencer a todos os fieis portuguezes da verdade de hum facto tão portentoso.
Offerecida á nação portugueza por hum dos seus mais verdadeiros Patriotas, para
os animar e esforçar nas presentes circunstancias da Guerra contra os Inimigos
da Religião e do Throno
acabamento com laçada de linha à vista e sem capas
encontra-se no estado físico em que circulou na época
exemplar manuseado mas aceitável, com alguma sujidade nas
páginas exteriores; miolo limpo, por aparar
inclui a estampa original (grav. cobre) «Appariçao de
Christo Sr. N. a D. Affonso Henriques»
PEÇA DE COLECÇÃO
210,00 eur (IVA e portes incluídos)
Afirma Alexandre Herculano, no tomo primeiro da sua História de Portugal (Viúva Bertrand e
Filhos, Lisboa, 1846, págs. 328-330), que a batalha de Ourique, a não existir
prova documental em contrário, não terá sido mais que «um verdadeiro fossado, isto é, uma dessas entradas que
todos os annos se renovavam pelas fronteiras dos sarracenos, e para as quaes
eram obrigados, pelas suas cartas de foral, os cavalleiros villões dos diversos
concelhos [...]. [...] sendo o primeiro tentado pelos portuguezes além do Tejo,
e conduzido pelo proprio infante [Afonso Henriques] no sertão do Al-Gharb,
aonde nunca, ou raro, os christãos haviam chegado, contribuiram, acaso, para
que a tradição engrandecesse pouco a pouco o sucesso, a ponto de o tornar
maravilhoso até o absurdo. [...] Se acreditarmos os chronistas antigos, e ainda
os historiadores modernos, a batalha de Ourique foi a pedra angular da
monarchia portugueza. [...]» E esta febre milagreira nacionalista foi sendo
alimentada ao longo dos tempos, sempre que surgiu a necessidade histórica de
exortar os portugueses à defesa dos interesses ou fronteiriços, ou pátrios, ou
económicos, ou a lutar contra o invasor, como é o caso do presente volume que,
ao reeditar em 1809 um duvidoso texto do século anterior, o faz com o fito de combater
pela propaganda a presença de Napoleão no nosso território. Num outro plano, de
algum modo este texto esteve na génese da aturada investigação de Herculano,
cujas conclusões geraram um rol de estéreis páginas de polémica.
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