JOSÉ IGNACIO DE ANDRADE
D. MARIA GERTRUDES DE ANDRADE
Lisboa, 1843
Na Imprensa Nacional
1.ª edição
2 tomos (completo)
244 mm x 162 mm
[20 págs. (não num.) + 250 págs. + 6 folhas em extra-texto (gravuras)]
+ [10 págs. (não num.) + 236 págs. + 6 folhas em extra-texto (gravuras) + 6 págs. (não num.) + 14 págs. (poema de José Maria da Costa e Silva) + 2 págs. (índice)]
ilustrado, sendo 3 das gravuras de autoria de Domingos
Sequeira
encadernações homogéneas coevas em meia-inglesa elegantemente gravadas a ouro nas lombadas
pouco aparados, sem capas de brochura
exemplares estimados, carcelas muito frágeis no tomo I; miolo limpo
VALORIZADOS PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DO AUTOR (NÃO ASSINADA)
250,00 eur (IVA e portes
incluídos)
Diz-nos Inocêncio Francisco
da Silva (Diccionario Bibliographico Portuguez, tomo IV, Imprensa
Nacional, Lisboa, 1860):
«José Ignacio de Andrade, natural
(segundo se diz) da ilha de Sancta Maria, no archipelago dos Açores, e nascido
a 2 de Novembro de 1780. Desde tenra edade dedicado á vida commercial e
maritima, emprehendeu largas navegações, e fez algumas viagens á India e á
China, em navios que elle proprio commandava. A sua ultima viagem á China teve
logar em 1835, e de lá voltou para Portugal ao que parece em 1837. Foi pouco
depois eleito Vereador da Camara Municipal de Lisboa, onde serviu de Presidente
no biennio de 1838 e 1839. Exerce ha muitos annos o logar de Membro da Direcção
do Banco de Portugal, e o era já do Banco de Lisboa, antes da nova
reorganisação. […]
[A] primeira edição [das Cartas], notavel por sua primorosa
elegancia, foi toda distribuida pelo auctor entre amigos e pessoas a quem quiz
obsequiar, sem que d’ella se expuzessem á venda alguns exemplares.
Posteriormente, com permissão d’elle, se fez na mesma imprensa segunda edição,
que em nada cede á primeira no tocante á execução typographica, e lhe sobreleva
em correcção e additamentos da penna do proprio auctor. […] Esta edição é
tambem como a primeira, adornada de doze retratos lithographados, em que além
dos de varias personagens chinezas, figuram os do auctor das Cartas, de
sua esposa, e dos seus amigos Domingos Antonio de Sequeira e Rodrigo Ferreira
da Costa. […]
Refundindo habilmente no seu livro, de mixtura com suas proprias
observações locaes, o que a leitura lhe deparou de mais curioso e verosimil nas
relações dos viajantes, e nas obras de outros escriptores que tractaram do imperio
celeste, o sr. Andrade conseguiu apresentar um quadro interessante, bem que
resumido, descriptivo da historia civil e politica da China, de suas leis,
costumes, religião, etc., acompanhando tudo de reflexões, eruditas, e muitas
vezes judiciosas, que ainda assim estão longe de contentar egualmente a todos
os leitores. Alguns mais escrupulosos divisam nas idéas do auctor certa
tendencia mais ou menos pronunciada para o materialismo, e nas suas doutrinas
philosophicas um reflexo da eschola sensualista do seculo decimo-oitavo, de
cujos mestres parece mostrar-se ás vezes adepto fervoroso e enthusiastico. […]»
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