JAIME SEMPRUN
GUY DEBORD
GÉRARD LEBOVICI
trad. Miguel Serras Pereira
posf. Eduarda Neves
capa e ilust. Manuel Bptista
grafismo de Paulo da Costa Domingos
Lisboa, 2021
Barco Bêbado
1.ª edição
190 mm x 130 mm
64 págs. + 2 folhas-de-guarda em papel abrasivo
ilustrado
exemplar novo
15,00 eur (IVA e portes incluídos)
Trata-se de uma breve troca de correspondência entre figuras de proa no Maio de
1968. Jaime Semprun, fingindo não perceber que tinha sido recusado como autor
reincidente na editora Champ Libre, e dirigindo-se a Guy Debord, interroga-se:
«[…] depois de ter compreendido bem que deixava de ser do número dos teus
amigos, deverei doravante compreender que terei de contar-te entre os meus inimigos?
[…]» Ao que Debord responde: «[…] Vou pois dizer-te muito precisamente aquilo
que é, para ti e para qualquer outro que pudesse interessar-se pelo mesmo
debate. // Dos quantos delírios de interpretação que me assinalas (e dos quais
eu conhecia outros), creio poder dizer-se sobretudo que é um dos numerosos
sinais da irrealidade angustiada que a nossa época vive ser certo esse facto de
haver tanta gente que sem saber ler se apaixona por uma casa editora. […]» E o
responsável pela referida casa editora, Gérard Lebovici, editor da Champ Libre,
dá a machadada final em Semprun, mendicante candidato a autor da casa: «[…] o
senhor ficou, segundo diz, “alegremente queimado junto de tudo o que há
em Paris como editor utilizável”, mas reconhece que isso não me impõe a
obrigação de publicar sempre os seus livros. Pois bem! Digamos que essa
possibilidade que generosamente me oferece de não publicar todos os seus
escritos, eu a colhi, antes de o senhor ma oferecer; um pouco mais cedo, sem
dúvida, do que o por si previsto.»
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