FERNANDA BOTELHO
capa de José Cândido
Amadora, 1971
Livraria Bertrand, S. A. R. L.
1.ª edição
192 mm x 123 mm
276 págs.
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
VALORIZADO
PELA DEDICATÓRIA MANUSCRITA DA AUTORA
45,00 eur
(IVA e portes incluídos)
«[...] Em Lourenço é Nome de Jogral,
a intenção de denúncia é mais evidente. O casamento é visto como uma
instituição falida – Lourenço vive com a mulher apenas para manter as
aparências, enquanto tem um caso com Matilde, feminista divorciada, e com a
namorada de seu filho, de dezassete anos, Maria da Luz. Esta, por sua vez,
permite que Lourenço a use para satisfazer suas fantasias sexuais, quando
concorda em participar de um relacionamento com Matilde, para agradá-lo. [...]
O mais interessante a ser observado nas personagens femininas de Fernanda
Botelho, ou nos comentários sobre elas feitos pelas personagens masculinas ou
pelo narrador, é o facto de que a autora não se preocupa em apregoar um ideário
de libertação da mulher. Muito pelo contrário, são mulheres conscientes da sua
condição e conformadas com o destino que lhes é imposto. [...] A denúncia
subtil da situação da mulher na sociedade é a sua maior bandeira. [...]
Embora Fernanda Botelho não se utilize de recursos próprios de uma literatura
dita feminina, a exemplo da ousada obra Novas
Cartas Portuguesas ou dos poemas
“apimentados” de Natália Correia, nem de um feminismo belicoso como o de Betty
Friedman, Fernanda Botelho consegue levar os leitores a uma repulsa à
conivência, ao desleixo, ao comodismo, à submissão, ao predestinamento da
mulher ao casamento e ao papel de mero apêndice masculino. Ela consegue
provocar também uma empatia em relação à mulher que quer ser diferente daquela
defendida por Lutero, ainda realidade num mundo que evolui mas não deixa de ser
um mundo de Joões [...]» (Regina Helena Machado Aquino Corrêa, «Perdidas Marias num mundo de Joões – Uma
leitura da obra de Fernanda Botelho», in Projecto Vercial)
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