segunda-feira, janeiro 27, 2025

Para Sempre

 

vergílio ferreira
ilust. Júlio Resende
grafismo de Armando Alves


s.l. [Porto], 1993
Edições ASA
edição monumental
295 mm x 232 mm (estojo)
224 págs. (12 das quais com cromos colados)
profusamente ilustrado a cor
impresso a cinza sobre papel Marina
encadernação editorial inteira em tela gravada a seco na pasta anterior e na lombada, cromo impresso a cor colado na pasta anterior, sobrecapa polícroma
volume protegido por estojo editorial em tela gravada a seco
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo irrepreensível
PEÇA DE COLECÇÃO
120,00 eur (IVA e portes incluídos)

De uma entrevista concedida pelo Autor ao jornalista Francisco José Viegas para a revista Ler (Primavera de 1988):
«[...] P. — Que significado dá à expressão “para sempre”?
R. — Não sei. Você faz-me uma pergunta agora, e agora é que eu tenho de pensar...
P. — Claro...
R. — Não sei... é uma certa dose de nostalgia, de fim de vida que se realizou completamente. É isso. Completamente. É a historia de um homem que fechou o ciclo da vida e que rememora, procurando cortar um pouco o mel e a doçura desse prazer da evocação com acidez e ironia.
P. — Por que razão insistiu nessa versão da vida com este novo título, Até ao Fim?
R. — Porque eu queria dizer, de algum modo, que a destruição dos valores (que é o que marca de um modo geral, os actos que hoje dominam certas áreas da juventude) é uma coisa terrível. E queria, por uma razão de amizade para com o António Ramos Rosa, encontrar um verso dele que significasse isso, que dissesse isso. E foi: “perseguido até ao fim, acho o mar”. Este verso resume o meu objectivo. Achar o mar como um símbolo, como uma metáfora dessa alegria, que é a alegria da pacificação, da eternidade, da plenitude, da juventude plena. Depois há outra coisa, evidentemente: eu quis sempre que os títulos dos meus livros tivessem alguma coisa de si próprios, um certo valor estético. Não me interessam os títulos puramente designativos, como o rótulo de um frasco. Quero que o título seja em si mesmo um sinal e um valor estético e poético. Que fosse uma abertura, um começo de um poema. [...]»

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