Lisboa, Março de 1966
n.º 1 (único publicado [seg. Daniel Pires])
20,5 cm x 13,5 cm
2 págs. + 78 págs.
exemplar em bom estado de conservação; miolo irrepreensível
PEÇA DE COLECÇÃO
130,00 eur (IVA e portes incluídos)
Reúne colaboração, lado a lado, de Eduardo Prado Coelho e Arnaldo Matos (o «grande educador do povo»), e ainda de Jorge Veludo, Helder Costa, Manuel Marcelino, Vasco Teixeira da Silva e do futuro «pintor surrealista» Sérgio Pombo.
«[...] A ênfase natural recai no facto destes Cadernos serem o corolário da colaboração de estudantes de letras, direito, ciências, medicina e belas-artes, o que configura uma congregação de esforços das várias associações académicas existentes. Focava nomeadamente dois temas: a cultura universitária e as relações entre a arte e a sociedade.
No editorial, defende a formação integral do estudante, o debate como condição sine qua non para a cidadania, a consciência crítica que pretende ajudar a alicerçar. Denuncia abertamente a pobre qualidade do ensino em Portugal e marca um encontro com os estudantes para os ouvir relativamente à presente publicação.
A nota final é elucidativa dos tempos castradores e do obscurantismo em que se vivia – o Ministério da Educação Nacional acabara de proibir duas actividades extra-escolares: um curso de Sociologia e um ciclo sobre a personalidade e a obra de António Sérgio. Tendo mais esta arbitrariedade em consideração, foi lavrado um veemente protesto. Desistir ou continuar, perguntava-se o articulista. E respondia de imediato do seguinte modo: “A nossa missão é construir como construtores, construamos, pois.” [...]» (In Daniel Pires, Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX – 1941-1974, vol. II, 1.º tomo, Grifo – Editores e Livreiros, Lda., Lisboa, 1999)