domingo, fevereiro 19, 2023

Constança



EUGENIO DE CASTRO

Coimbra, 1900
Na Livraria França Amado
1.ª edição
182 mm x 125 mm
16 págs. + 84 págs.
impresso sobre papel de linho
elegante encadernação em meia-inglesa gravada a ouro na lombada
não aparado
conserva as capas de brochura
exemplar em muito bom estado de conservação; miolo limpo
assinaturas de posse na capa e no ante-rosto
ostenta colado no verso da pasta anterior o ex-libris brasonado do casal Maria da Assunção Osório Cabral de Albuquerque Perry Vidal e João Marcos André Pereira de Sá Perry Vidal
60,00 eur (IVA e portes incluídos)

É a D. Constança Manuel, filha de D. Juan Manuel de Castela, que se refere o longo poema histórico, e que casou com o infante D. Pedro futuro rei de Portugal. Todavia, é de uma das açafatas de Constança, a galega Inês de Castro, que D. Pedro terá quatro bastardos, contra apenas três legítimos da rainha. Eugénio de Castro trata este momento, que ficou conhecido por lenda de Pedro e Inês, do ponto de vista da rejeitada, retratando-a como esposa tolerante, não ofendida (apesar dos «açoites de ciume»)... o que pode liricamente resultar, mas, para a História, é basto duvidoso. Leia-se um passo:

«[...] E Constança fingia ignorar tudo!
Quasi feliz se os via venturosos,
E triste se os achava entristecidos,
Tão cega se mostrava, com tal arte
Inventava pretextos p’ra sumir-se,
Para os deixar a sós, que se não fôra
O pallido frescor de mocidade,
Que em seu pallido rosto transluzia
Sob um véo de suavissima tristeza,
Ninguem deixára de a tomar p’la doce
Benigna mãe d’aquelles namorados... [...]»

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