BENJAMIN PÉRET
ANDRÉ BRETON
trad. e pref. Ernesto Sampaio
Lisboa, s.d. [circa
1963]
A Barca Solar
1.ª edição (nunca foi reeditado, embora o poema de Breton
venha a ser incluído muito mais tarde numa colectânea)
217 mm x 150 mm
42 págs. + 1 folha em extra-texto
exemplar muito estimado; miolo limpo
65,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Livro publicado num contexto de disseminação literária do
movimento surrealista em português, já no início dos anos 60 do século XX, e
não referido no catálogo Surrealismo em
Portugal 1934-1952 de Perfecto E. Cuadrado / María Jesús Ávila [Museu do
Chiado / Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, Lisboa /
Badajoz, 2001]. Apenas o dono da casa & etc, Vitor Silva Tavares, a
propósito da Contraponto de Luiz Pacheco [ver 1 Homem Dividido Vale por 2, Biblioteca Nacional / Publicações Dom
Quixote, Lisboa, 2009], relembrará essa fugaz intervenção de Ernesto Sampaio e
Fernanda Barros enquanto tradutor (ele) e simultaneamente editores (ambos),
incorporando VST a aventura de A Barca Solar num mais vasto exercício de
agressão à saloíce nacional:
«[...] a Contraponto – paralela a aventuras como a de A
Antologia em 58 do Mário Cesariny, da Barca Solar do Ernesto Sampaio, ou da
Minotauro do Bruno da Ponte –, até nos seus desaires, ou talvez por via deles,
deixou sequelas: porque a mais antiga, à cabeça a & etc; mas lembre-se a
Afrodite, do Fernando Ribeiro de Melo; chame-se à colação a Frenesi quando
frenética e a Antígona quando refractária; a Hiena, os 4 Elementos Editores, a
Fenda, a Black Sun; mais perto, a Averno – cometas tracejando luz no negrume
editorial. Agindo nos interstícios da engrenagem mercantil, expulsas por mérito
próprio de montras publicitárias, encaram o livro tão-só como produtor de
mais-valias artísticas e culturais, objecto de uma entrega que funde o risco
com a projecção política, diga-se, poética – ou vice-versa, também vale. [...]»