URBANO TAVARES
RODRIGUES
capa de Luís Filipe Abreu
Lisboa, 1961
Livraria Bertrand, S. A. R. L.
1.ª edição
19 cm x 12,4 cm
308 págs.
exemplar manuseado mas aceitável; miolo limpo
assinatura de posse na pág. 9
assinatura de posse na pág. 9
17,00 eur (IVA e portes já incluídos)
Segundo a “conceituada ensaísta” Maria Alzira Seixo, no seu
verbete de leitura deste romance, posto on-line
pela Fundação Calouste Gulbenkian:
«Os problemas de um grupo de jovens, já instalados na vida
(casados, na sua maioria) mas sem meios para proverem a essa instalação, as
questões que entre eles surgem por motivo de acomodação política ou de
insubmissão, os valores da amizade e do amor e a traição que leva ao triunfo
social. Para os leitores que prefiram romances de intriga, e que não tenham
muita formação literária, porque a acessibilidade do livro é vasta. Problemática
social, companheirismo, ambições literárias em funcionários medianos;
abundância de diálogo, pouca especulação, convívio com o dia-a-dia das
personagens, que são, aqui, representações de pessoas do quotidiano português.»
E disse...
Urbano diz, em contrapartida, e antevendo os disparates que
o seu livro poderia desencadear, abre o livro com a seguinte Advertência:
«Habituado já a certas críticas venenosas e extraliterárias,
começo por declarar, em poucas palavras, no limiar deste meu novo livro, que nele
usei de um direito sagrado do ficcionista: o de inventar. Que fingir a vida é,
afinal, a própria condição do ficcionista. [...]
Posto isto, reafirmo simplesmente, contra a má fé e contra a
desconfiança de quem em todo o lado vê carapuças, que concebi e realizei este
meu romance como obra de ficção e creio firmemente que só isso ele é.» Vale.