EÇA DE QUEIROZ
retrato desenhado por António Carneiro
Porto, 1933
Livraria Lello, Limitada – Editora
2.ª edição (conforme a de 1890)
2 volumes (completo)
18,3 cm x 12,1 cm
[X págs. + 426 págs. + 1 folha em extra-texto] + 312 págs.
subtítulo: Das Farpas
encadernação editorial em tela encerada com ferros a ouro e
relevo seco nas pastas e nas lombadas, folhas-de-guarda impressas
exemplares em muio bom estado de conservação; miolo
irrepreensível
35,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Diz o Autor na Advertência:
«[...] As
paginas d’este livro são aquellas com que outr’ora concorri para as Farpas, quando
Ramalho Ortigão e eu, convencidos, como o Poeta, que a tolice tem cabeça de
toiro, decidimos
farpear até á morte a alimaria pesada e temerosa. Quem era eu, que força ou
razão superior recebera dos deuses, para assim me estabelecer na minha terra em
justiceiro destruidor de monstros?... A mocidade tem d’estas esplendidas
confianças; só por amar a Verdade imagina que a possue; e, magnificamente certa
da sua infalibilidade, anceia por investir contra tudo o que diverge do seu ideal,
e que ella portanto considera Erro, irremissivel Erro, fadado á exterminação.
Assim foi que, chegando da Universidade com o meu Proudhon mal lido debaixo do
braço, me apressei a gritar na cidade em que entrava – Morte á tolice! E
desde então, á ilharga de Ramalho Ortigão, não cessei durante dois annos de
arremessar farpas, uma após outra, para todos os lados onde suppunha entrever o
escuro cachaço taurino. Não me recordo se acertava; sem duvida muitos ferros se
embotaram nas lages; mas cada arremêsso era governado por um impulso puro da
intelligencia ou do coração. [...]»
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