Lisboa, 1910
Livraria Moderna Editora / Empreza da Historia de Portugal
1.ª edição
205 mm x 130 mm
24 págs.
subtítulo: Avatares de um Ateu
exemplar estimado; miolo limpo
25,00 eur (IVA e portes incluídos)
Esclarece-nos o Poeta, em nota final ao poema:
«[...] Qual é o objectivo filosófico da Senhora da Melancolia, e do seu sub-titulo Avatares de um ateu, perguntar-nos-hão.
Como poesia, ella é um preito doloroso, angustioso, tenebroso: como filosofia, o propósito do autor, que melhor esclaréce ainda o sub-titulo, estriba-se na mesmissima tése do Fausto, com uma ligeira variante.
A tése do Göethe era esta: – que o verdadeiro homem de genio, mesmo afastado durante um largo periodo de tempo do ideal de Deus, regressa um certo dia sempre a elle, como fim inevitavel e único de toda a Siencia e toda a atividade humana.
A variante do autor é esta: – Não é imprescindivel de forma alguma que seja um homem de genio aquelle que um bello dia encontre a sua estrada real de Damasco, como Saulo, e aonde ali a cegueira dos seus olhos se cure e dissipe emfim. [...]»