MALBA TAHAN
pref. Humberto de Campos
ilust. Cavalleiro e Constantino
São Paulo / Rio de Janeiro, 1931
Livraria Francisco Alves
2.ª edição
18,6 cm x 14 cm
288 págs.
subtítulo: Contos
Orientais
cartonagem editorial
exemplar estimado; miolo limpo
25,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Ali Yezid Izz-Eddin Ibn-Salin Malba Tahan, nascido nos
arredores da cidade de Meca em 1885, de família abastada, ao que veio a
saber-se nunca terá posto o pé fora do Brasil. Assim o pinta o académico
Humberto de Campos, em prefácio a uma outra das suas obras (Mil Histórias Sem Fim, Livraria Editora
Freitas Bastos, Rio de Janeiro, 1931):
«[...] A formação oriental do espirito geograficamente
brasileiro do Sr. Malba Tahan podia ser objeto, evidentemente, de uma pesquisa
de Freud. Trata-se, civilmente, de um homem que nasceu no Brasil, de um
engenheiro com o seu título cientifico brilhantemente conquistado em nossa
Escola Politécnica, membro de antiga e ilustre família brasileira. Entretanto,
o Sr. Malba Tahan tem uma figura de árabe; surgiu para as letras tendo no
pensamento os Desertos, as tamareiras, as tendas estremecendo ao vento,
sacodidas pelas tempestades de Areia. E, quando abandona as terras bárbaras e
familiares do seu sonho, é para consagrar-se na vida prática ao estudo e ao
ensino das matemáticas, que constituem, como se sabe, uma ciencia árabe ou,
pelo menos, que o árabe tomou como sua. [...]
A êsse árabe do Brasil estava destinada, todavia, a
realização de um dos maiores empreendimentos das literaturas orientais
porventura tentados fóra do Oriente. É propósito seu dotar as nossas letras
brasileiras e, ao mesmo tempo, as letras árabes, como uma coletánea no género
das “Mil e uma Noites”, dos “Mil e um Dias” ou das “Mil Historias” [...].»
Resta acrescentar tratar-se do pseudónimo do bem sucedido
escritor brasileiro Júlio César de Mello e Souza (1895-1974).
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