Lisboa / Cacém, Primavera de 1979 a Maio de 1982
dir. João Miguel Barros / Maria José Freitas
4 números (colecção completa)
29,7 cm x 21,3 cm
80 págs. + 108 págs. + 148 págs. + [256 págs. + 4 págs.
(encarte publicitário)]
exemplares muito estimados, alguma sujidade na capa do n.º 3; miolo irrepreensível
145,00 eur (IVA e
portes incluídos)
No final dos anos 70 do século passado, esta revista (apesar
do seu triste aspecto de boletim de associação de estudantes, e de várias inclusões
de favor) conseguiu reunir um soberbo elenco de colaboradores intelectuais, em
que avultam os nomes de Jorge Fallorca, Luís Serpa, Ernesto de Sousa, Álvaro
Lapa, Eugénio de Andrade, António Ramos Rosa, João Miguel Fernandes Jorge,
Egito Gonçalves, Luís Miguel Nava, Lud, Isabel de Sá, António Cabrita, Jorge de
Sena, Raul de Carvalho, Al Berto, Sam, Vasco, Vitor Silva Tavares, Mário
Cláudio, etc. São de notar, para além de repetidas abordagens ensaísticas no
domínio das artes plásticas, os extensos dossiers
acerca do surrealismo nacional (logo no n.º 1) – com Almeida Faria a suscitar a
indignação de Cruzeiro Seixas... – e acerca do concretismo / experimentalismo
(no n.º 4). Mais interessante é (no n.º 3) o estudo múltiplo acerca das
revistas culturais em Portugal, entregue às opiniões de Fernando Guimarães,
José-Augusto França e E. M. de Melo e Castro. Há, todavia, que chamar a atenção
para o facto de não se tratar propriamente de um periódico com um corpo redactorial coeso, mas sim de
antologias de colaborações a pedido,
ou por insinuação – o que gera sempre saladas que, de comum, têm apenas o
título na capa e a boa vontade diletante dos seus directores. Na Sema, inclusivamente, o grafismo é pobre
e descuidado... A Via Latina coimbrã,
aquando da direcção de Francisco Silvestre Tão-Lindo (de 1989 a 1991), veio
provar que, no género estudantil, era
possível criar modelos de referência ainda agora invejáveis.