LUIZ ANTONIO DE
AZEVEDO
Lisboa, 1815
Na Nova Impressão da Viuva Neves e Filhos
1.ª edição
26,1 cm x 20 cm
12 págs. (não num.) + LVI págs. + 54 págs. + 10 folhas
[«estampas»] em extra-texto (1 das quais desdobrável)
subtítulo: Composta, e
dirigida | ao Illustrissimo e
Excellentissimo | Senhor | D. Antonio Maria de Castello-Branco | Marquez de Bellas | Cetera | por [...]
ilustrado em separado
exemplar muito estimado, falhas menores de papel nos bordos
inferiores da capa e na lombada; miolo irrepreensível, papel sonante
encontra-se em brochura e com a folha de protecção que
servia de capa acondicionado numa pasta de cartolina recente
RARA PEÇA DE COLECÇÃO
300,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Da lição de Inocêncio Francisco da Silva, Diccionario Bibliographico Portuguez
(tomo V, Imprensa Nacional, Lisboa, 1861):
«Luis Antonio de Azevedo, Professor regio de grammatica e
lingua latina, ultimamente com exercicio no Real Estabelecimento do bairro de
Alfama. – N. em Lisboa no anno de 1755, e consta que seu pae fôra de profissão
livreiro. Applicou‑se aos estudos de humanidades e philologia, e mais
particularmente aos das linguas grega e latina, adquirindo de uma e outra
profundo conhecimento. Não era menor o que havia da portugueza, que toda a vida
cultivou com especial e dedicada predilecção. Era de um puritanismo ferrenho em linguagem, e timbrava de imitar os escriptores
vernaculos do seculo XVI, cuja leitura e analyse constituiam desde muitos annos
uma de suas mais agradaveis occupações. Posto que não se dedignava de usar ás
vezes nas suas obras de archaismos ou vocabulos obsoletos; comtudo, no tocante
á construcção da phrase, cumpre confessar por verdade que foi regular e
corrente, sem deixar‑se levar do exemplo de Farinha, e de outros taes cégos
imitadores, e idolatras do quinhentismo.
– Viveu ao que parece celibatario, sempre desalinhado no trage, e curando pouco
do aceio; andava por toda a parte rodeado de uma inseparavel matilha de cães,
proprios e alheios, que o seguiam pelo engodo dos bolos que trazia na
algibeira, e que com elles repartia charitativamente! Tendo assistido largos
annos na rua da Figueira, proximo á egreja dos Martyres, mudou‑se a final para
o largo da Graça, onde morreu entre os annos de 1818 e 1820, segundo o que pude
apurar. [...]
[A Dissertação
Crítico-Filológico-Histórica] É a unica memoria que ficou d’aquelle celebre
monumento, cujas reliquias e fragmentos se deixaram perder de todo, ao que
parece, pela proverbial incuria com que estas cousas foram sempre tractadas
entre nós. [...]»