FAUSTO DUARTE
pref. Aquilino Ribeiro
capa de Francisco de Oliveira
Lisboa, 1934
Livraria Clássica Editora
1.ª edição
20 cm x 13 cm
XXXII págs. + 228 págs.
encadernação recente em meia inglesa, gravação a ouro na lombada
por aparar
conserva as capas de brochura
encadernação recente em meia inglesa, gravação a ouro na lombada
por aparar
conserva as capas de brochura
exemplar estimado, restauros nas capas; miolo limpo
assinatura de posse no frontispício
assinatura de posse no frontispício
35,00 eur (IVA e
portes incluídos)
Do aludido Prefácio de Aquilino:
«[...] Fausto Duarte, que se embrenhou pelo mato, dormiu nas
cubatas do interior, viu acordar as moranças, vem reconciliar-nos com a África
e a primeira e mais grata impressão é a de alívio. Desafoga-se. O ar tem a
competente impregnação de oxigénio, pássaros das mais belas côres e mais
canoros que primas-donas alegram a païsagem, o sol não é “metal em fusão” e
pela estrada plaina, como na Europa, o motor do automóvel vai cantando
gloriosamente. Balantas e fulas, das onze raças da Guiné os mais activos,
ocupados nos agros, erguem a cabeça curiosa. Também aquela rapariga é perita em
lançar esquiva e langorosa mirada! Reina a santa paz, idílica paz, as mulheres
pilam o arroz e o ruído dos maços repercute ao longe como os mangoais nas eiras
de Portugal. Logo, ao sol-pôr, quando as cubatas fumegarem ao céu, falta apenas
que desça dos campanários um magoado e suavíssimo angelus. [...]»
Curioso é, que, após o fim da Segunda Guerra Mundial, tenham
sido estes mesmos “domesticados” negros guineenses a oferecer a maior
resistência ao colonialismo, dando origem à violência mais sanguinária de todas
as frentes onde Portugal teve que tentar esmagar os legítimos desejos de
independência dos povos...
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