domingo, novembro 03, 2024

Homenagem dos Corpos Gerentes do Asylo-Officina Santo Antonio de Lisboa á Saudosa Memoria de Luiz Pinto Moitinho


aa.vv.

s.l., s.d. [Lisboa, 1906]
Asylo-Officina Santo Antonio de Lisboa
1.ª edição
211 mm x 141 mm
46 págs. + 1 folha em extra-texto (retrato com folha vegetal de protecção)
subtítulo: Fundador d’ este asylo
acabamento com dois pontos em arame
exemplar estimado, capa envelhecida; miolo limpo
27,00 eur (IVA e portes incluídos)

«O ourives de prata Luís Pinto Moitinho dá nome a uma rua alfacinha desde 1906, justamente na zona onde ele fundou o Asilo-Oficina de Santo António. […]
Luís Pastor de Macedo fez a biografia deste ourives da seguinte forma: “Luís Pinto Moitinho, nascido na freguesia de Santo Estêvão de Lisboa em 26 de Janeiro de 1837 e falecido em 17 de Setembro de 1905. Foi aprendiz em casa de Isidoro da Silva Cardoso, a que faz esquina da Rua da Prata para a Rua da Conceição e que para aquela rua tem os n.os 67 e 69, onde permaneceu de 1849 a 1854, fazendo em seguida uma viagem até à terras prometedoras do Brasil que segundo parece não se lhe mostraram muito acolhedoras. Regressando, casou com a filha do seu antigo patrão e mestre, D. Maria da Glória Cardoso, e foi, por morte de seu sogro, o sucessor na administração da casa [trata-se da Ourivesaria Moitinho], fundada em 1790 e portanto uma das mais antigas de Lisboa. Foi um dos fundadores da Associação de Socorros Mútuos dos Ourives e Artes Anexas e o principal fundador do Asilo-Oficina Santo António de Lisboa, uma das instituições mais prestantes e simpáticas que existem na cidade”. […]
O Asilo – Oficina de Santo António, criado em 1892, destinava-se a crianças desamparadas do sexo feminino. De acordo com Costa Godolphim (Asilo-Oficina Santo António de Lisboa, 1905), o objectivo do benfeitor foi “criar um Asilo no qual se ensinem às crianças diversas indústrias, que se podem denominar caseiras, que as albergadas depois possam praticar em seus lares, livrando-as dos labores das fábricas, onde a vida se estiola e mata”. […] A aprendizagem destas crianças centrava-se sobretudo em ofícios com trabalhos de cartonagem, malha de lã, obras de passamanteria e cirgueria, luvaria, alfaiataria, ourivesaria, brunido de prata, fabricação de pequenos objectos decorativos e trabalhos de cinzel, cujas vendas revertiam para a manutenção do Asilo.»
(Fonte: Toponímia de Lisboa, pág. elect. do Departamento de Património Cultural da Câmara Municipal de Lisboa – Núcleo de Toponímia, 30 de Abril, 2015)

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