ANDRÉ BRETON [org.]
tradutores: Aníbal Fernandes, Ernesto Sampaio, Isabel Hub, Jorge Silva Melo, Luiza Neto Jorge e Manuel João Gomes
capa de Sérgio Guimarães
plano gráfico de António Sena
Lisboa, 1973
Fernando Ribeiro de Mello / Edições Afrodite
1.ª edição [única]
210 mm x 145 mm
XXIV págs. + 456 págs.
as primeiras dezasseis páginas são impressas em off-set sobre papel encorpado (semi-cartolina), todas as outras são linotipadas
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
130,00 eur (IVA e portes incluídos)
Da nota de badana:
«O regime de Vichy foi forjado por Hitler em 1940, depois de as suas tropas terem entrado vitoriosas na França: era o grande sinal de que a Grande Guerra fora ganha pela Alemanha nazi.
O regime de Vichy era constituído por quatro franceses (Pétain, Pucheu, Barthélemy, Brinon) que colaboraram com o nazismo durante quatro anos e fielmente cumpriram as ordens que Berlim mandava: processaram judeus, guilhotinaram comunistas, eliminaram chefes sindicalistas.
E a primeira edição da Antologia do Humor Negro (1939) foi por eles retirada do mercado logo que apareceu. O humor negro não será a melhor prova de que a estupidez e o crime nunca ganharam qualquer guerra?
O humor negro é mais que o riso, é mais que a ironia: é a crueldade destrutiva que abala os alicerces de todos os regimes – é uma ameaça constante ao império da irracionalidade, ao domínio da injustiça, ao crime organizado.
É por isso que os textos desta Antologia se apresentam sempre como literatura de vida ou de morte: é por isso que os autores escolhidos por Breton são quase todos daqueles homens que nenhum governo de Vichy recuperará. [...]»
Tal texto foi redigido em pleno regime de São Bento.