aa.vv.
Lisboa, 31 de Julho de 1962
pasta-arquivo com documentação mimeografada em folhas impressas apenas nas
frentes
1.ª edição [única]
357 mm x 255 mm
48 folhas B4 (não num.) + 20 folhas A4 (numeradas 0 + III + 16)
subtítulo: Moções e representações dos órgãos e professores das
Universidades de Lisboa
exemplar muito estimado; miolo irrepreensível
PEÇA DE COLECÇÃO
350,00 eur (IVA e portes incluídos)
Do volume (vol. 19, Centro Editor PDA [Planeta De Agostini] e Grupo Cofina,
2008) Os Anos de Salazar – 1962 | A Crise Académica:
«A 24 de Março, o Dia do Estudante é proibido pelo ministro da Educação, Lopes
de Almeida. Na véspera, o Governo encerrara a Cantina, em Lisboa, e pusera polícia
na Cidade Universitária. Encetava-se uma [violenta] “crise académica” que iria
saldar-se pelo divórcio definitivo entre estudantes universitários e o regime. No
meio da crise, Salazar pronuncia uma frase que se revelará profética: “Se [o
ministro] não autorizou [o Dia do Estudante], não autorizamos, se não daqui a
20 anos estarão sentados nesta mesa a governar o País.” […]» E acertou! Entre os
estudantes, destacaram-se, por exemplo, a revolucionária e mentora da luta
armada Isabel do Carmo, e o socialista Jorge Sampaio… que veio a ser Presidente
da República no pós-25 de Abril.
Do Preâmbulo da vertente documentação:
«Reune-se neste “dossier” a maior parte dos textos emanados de órgãos e professores
das Universidades de Lisboa, durante a crise iniciada pelos acontecimentos de
24 de Março. Procura-se deste modo, pela simples apresentação de uma colecção
de documentos a que a Imprensa diária não deu a necessária divulgação, pôr em
evidência a profundidade e a gravidade de uma crise que o País em grande parte
ignora e que ainda está infelizmente longe de se poder considerar resolvida,
visto que a Universidade Clássica se encontra sem Reitor, todos os Directores
das suas Faculdades estão demissionários, o Senado Universitário funciona em
condições anormais, devido ao pedido de demissão da maioria dos seus membros, e
todas as direcções das suas Associações de Estudantes permanecem suspensas.»
E assim – além do texto do pedido de demissão do cargo de reitor da
Universidade Clássica, à data Marcello Caetano – são compiladas as intervenções
colectivas escritas de lentes como, entre outros, Vitorino Nemésio, Delfim
Santos, Orlando Ribeiro, Jacinto do Prado Coelho, Lindley Cintra, Maria de
Lourdes Belchior, Juvenal Esteves, Cincinnato da Costa, António Barreto,
Gonçalo Ribeiro Teles, Barahona Fernandes, Celestino da Costa, Luís Góis,
Henrique de Barros, Francisco José Tenreiro, etc., etc., etc.
Constam, entre outros, a reprodução dos seguintes documentos:
moções várias respeitantes a tomadas de posição dos professores de todas as
Faculdades de Lisboa; e, da máxima importância, uma longa proposta remetida ao
Governo, com as Bases para a Legislação sobre Associações de Estudantes e
outros Organismos com Actividades Circum-Escolares, da autoria do Grupo de
Estudos sobre o Estatuto Universitário e a Legislação Circum-Escolar.
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