segunda-feira, outubro 06, 2025

Antologia Poética


CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
org. e pref. Massaud Moisés
capa de João da Câmara Leme

Lisboa, 1965
Portugália Editora
1.ª edição
203 mm x 140 mm
LXX págs. + 222 págs.
impresso sobre papel superior avergoado
é o n.º 18 da colecção Poetas de Hoje
na pág. VII reproduz-se em zincogravura um poema autógrafo do poeta
exemplar estimado; miolo limpo, apenas com o primeiro caderno aberto
assinatura de posse na pág. IX
27,00 eur (IVA e portes incluídos)

Do poema «O Enterrado Vivo»:
«É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.»

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