FERNANDO LOPES GRAÇA
Lisboa, 1940
Editorial “Inquérito”, L.da
[1.ª edição]
190 mm x 122 mm
88 págs.
composto manualmente em Elzevir, capitulares e títulos em
Futura bold
exemplar estimado, restauro na lombada; miolo limpo, por abrir
17,00 eur (IVA e portes já incluídos)
Lopes Graça bem sabe como são dúbios os conceitos de progresso ou de evolução na Arte, e portanto na Música. Prefere-lhes, à semelhança
de Bekker, o «[...] têrmo transformação,
menos ambíguo, menos sobrecarregado de significações, de subentendidos [...]»,
e vai mais longe no seu estudo da essência
do devir musical. Assim, «filogenia das formas» surge como mais adequado ao
interessante fenómeno criativo que, ao correr dos séculos e distribuindo-se por
regiões geográficas ou por grupos humanos, proporcionou mais precisamente uma transição: «[...] Em certo momento da
vida de uma determinada forma musical, geralmente naquele em que as fôrças que
a trabalhavam chegaram ao máximo de tensão, a infiltração nela de elementos
estranhos ao seu organismo, ou a hipertrofia de certas partes dêste, provocam
uma ruptura do equilíbrio dessas fôrças, perturbam a pureza clássica dessa forma. Ora, é em geral destas alterações,
destas aberrações que derivam as
novas formas musicais. [...]»